Tenho uma relação afectiva com os objectos. Explico-me: nunca dei por mim a adorar uma picadora ou mesmo uma vassoura mas os objectos (alguns) permitem lembrar-nos dos bons momentos e das pessoas com quem os passámos. Estão ali para simbolizar algo.
Em particular tenho dois chapéus de chuva (exactamente iguais) que mais do que me recordarem algum local fazem-me sentir que apanho chuva. Têm características muito próprias:
. São frágeis. Mal tentamos abrir os referidos chapéus, as varetas saem disparadas cada uma para seu lado como se não houvesse amanhã. Já lhes disse que não é preciso exagerar naquela rapidez, mas não vale a pena. Acho que a ideia é tentarem demonstrar que são próximas a um sistema de abertura automático. Mas não, caríssimas. É tudo à mão. E devagarinho. Senão fica tudo desconjuntado.
. Têm ambos furos estratégicos para poder ver as nuvens. Também entra água por ali mas a ideia é mesmo ver as nuvens.
. Disponibilizam ao utilizador uma superfície coberta de metade do corpo. Ou se cobre o lado direito da chuva ou o esquerdo. E toda a gente sabe que ter opções é disponibilizar ao cliente um melhor serviço. Portanto sirva-se sff.
. Estão ambos etiquetados a ,99. Tomando em consideração a quantidade de água que ambos já recolheram diria que só a etiqueta já vale o preço do artigo. De dizer que esta etiquetas já devem ter 2 anos.
. Fazem-me lembrar o filme "Música no Coração". Eu adaptei para "Palhaço no Marquês". Faz mais o meu género.
P.
5 comentários:
Ora aqui está um post de "Se lhe tirar o Chapéu"...
HIHIHIHIHI
Beijocas Ci
Por falar na força dos objectos, hoje quando vinha para o trabalho vi num estendal uma coisa que, pela dimensão e aspecto, tanto podia ser umas cuecas de senhora avantajada como um para-quedas.
Eu prefiro pensar que é a segunda opção!
É o chamado paraquedas de renda preta.
Não, não me lembro de renda nenhuma... parecia mais os filtros das máquinas de café!
Claro! What else?
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