terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Face Oculta

Estou aqui para falar da Face Oculta. Aquela que escondo debaixo da almofada. Hoje foi assim que acordei. Com a almofada em cima da cabeça. Devo dizer que não é nada cómodo até porque não se trata de uma Almofada de Carne. Será que eu posso ligar para o restaurante e pedir aquele prato? Isso é que era de valor. Nestes próximos dias é natural que aquela preciosidade seja referida com alguma frequência principalmente porque um pacote de Chocapic não consegue fazer esquecer aquela refeição.

Voltando ao sono, incomoda-me o facto de raramente me lembrar dos sonhos. Passamos horas e horas da nossa vida a sonhar sem depois haver um mínimo de lembrança. As únicas coisas que me recordo com frequência é quando levo algum tipo de problemas para a cama. Esta expressão descontextualizada pode ser perigosa. Não me estou a referir a: "Tenho uma unha encravada. Então vou mas é dormir. Oh Rosinda, chega para lá para eu me deitar". Não. Trata-se simplesmente do momento em que as preocupações do dia a dia são transpostas para o sono.

E o mais curioso é que de manhã está tudo na mesma. Os problemas, a unha e a Rosinda. Eventualmente a Rosinda pode ter ficado também com o problema da unha encravada. Mas isto já sou eu a querer demonstrar que consigo usar as três palavras numa só frase. Manias, diria eu.

Também tenho sonhos felizes! São aqueles em que sorrio, rio e choro. Não ao mesmo tempo que não é fácil e não estou aqui a fazer um casting para ingressar no Teatro D. Maria II.

E tenho sonhos pateticamente ridiculos. Há dois clássicos: um em que ando a fugir de alguém a quem não reconheço o rosto. Mesmo com óculos azuis em sonhos não consigo distinguir se se trata de uma vampira (que agora está na moda) ou de uma personagem da Rua Sésamo. Não consigo. Sei que corro desalmadamente. E por isso sei que é um sonho. Nunca na vida teria capacidade para correr tanto. Pena que depois de manhã não esteja fisicamente mais bem preparado; o outro em que teimosamente não consigo fazer uma disciplina do 12º ano isto mesmo quando no sonho tenho um curso superior. Sim, faz todo o sentido.

Hoje não me recordo de absolutamente nada. E é pena. Porque certamente que nestas horas algo se deve ter passado e nada nem ninguém me pode contar o que se passou.

P.

2 comentários:

Xana disse...

Rosinda??? Mas quem é essa pindérica???? Nunca a vi na nossa cama. Nem quero!! Que fique bem claro.

Pedro disse...

Ups! E se a puser debaixo da cama?