Ring, ring...Estou sim?

Os telemóveis fazem cada vez mais parte de nós. Eu próprio vou alterar o meu nome para Pedro Nokia 1661. E 1661 porque não me lembro agora do modelo de telefone que tenho. Sei que é um três mil e qualquer coisa mas não sei mais do que isso. É um modelo que parece que está em Estado de Guerra (reparem na alusão ao filme) tal o desgaste a que foi submetido ao longo destes anos. Mas isto agora só vai ser trocado na viagem aos States. Tem que resistir mais um bocadinho.

Acompanha-me diariamente no bolso. E dizem as estatísticas que 30% das chamadas efectuadas para homens não são atendidas. Dizem as mesmas estatísticas que, no caso das mulheres, essa percentagem sobe para 60%. O motivo? Porque as senhoras transportam o telemóvel nas malas. E esse pormenor marca a diferença. A minha experiência diz-me que é muiiiiiito díficil encontrar um telemóvel numa mala de senhora. Sempre que vou no lado do pendura tremo quando oiço a frase "Vê lá quem é. Podes atender o telemóvel?". O exercício que faço é tentar encontrar algo, sem ver, e que se assemelhe com um telefone. Já dei por mim a tentar atender "batons" (aqui a expressão um beijinho no final do telefonema ganhava certamente outro tipo de relevância) e, uma ou outra vez, atendi uma bolacha daquelas com formato rectangular. Depois percebo claramente que as bolachas não emitem luz e que não dizem "Mãe telemóvel" e percebo que o telefone está noutra zona da mala. Quando lá chego já não vou a tempo e contribuo para as chamadas perdidas.

Isto para dizer que, me parece, que a principal diferença na estatística não está nas pessoas mas sim no que cada um de nós transporta. E verdade seja dita agradeço, e muito, não ter que andar com as tralhas no bolso!:)

P.