sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Tudo em águas de bacalhau

"Sai de casa e vem comigo para a rua vem, que esta vida que tens...". Fizemos a vontade a Ana Bacalhau - vocalista dos Deolinda - e saímos para a rua. Nós e mais umas quantas pessoas que teimosamente estavam à nossa frente. Quer na fila de trânsito quer também no casino em si. À entrada a estupefacção total. Especialmente por parte dos seguranças que comentavam:

"Eh pá, mas quem é que vem cá actuar?"
"São os....não sei o nome..."
"Mas é o Tony Carreira?"
"Não, não. É uma espécie de fado ou assim..."
"Ah ok! É que isto vai cá um maralhal de gente que é impressionante."

Confirmámos. Estava lá o maralhal. E era de tal forma significativo que nos impedia de ver o concerto. Se a Ana é bacalhau, nós ficámos claramente de molho porque nem a conseguíamos ver. Só mesmo através de um LCD que não era assim tão grande. A isto junta-se o facto de contarmos com um segurança careca à nossa frente (um águia 4 ou assim...é a forma pela qual os seguranças falam entre eles). Ouvíamos apenas a voz da querida Ana ao longe mas num som muito baixo. E como havia um desfasamento muito grande entre a imagem e o som tornava-se difícil ler nos lábios aquilo que estaria a cantar. Tanto podia ser o "Fon Fon Fon" como o "I wish you a Merry Christmas". Era indiferente. Não fosse o facto dos Deolinda serem uma banda portuguesa e só cantarem na língua de Camões. Em resumo, nestas condições, e voltando ao tema do bacalhau, era um concerto sem sal.

Foi por isso que juntámos a pimenta - a xana é Pimenta de nome - ao sal. Leia-se...fomos jogar nas máquinas. Tentar a sorte. Combater o vício. Impregnar o cheiro do tabaco na roupa que é sempre algo saudável. Saímos mais pobres porque perdemos no jogo. Mas imensamente mais ricos pelos momentos de boa disposição. O que eu me ri, senhores(as), o que eu me ri! Nunca mais vou olhar para uma mesa de "Black Jack" da mesma forma pela quantidade de piadolas que acabou por suscitar.

Para a próxima tentamos ir mais cedo, ok? Só assim para ver se conseguimos ver qualquer coisa e não ficar na dúvida sobre se estamos a ver os Deolinda ou o Marco Paulo.

P.

9 comentários:

Spaceman Spiff disse...

Tanto tempo na fila para ver a Bacalhona e hoje na cantina o que mais havia era bacalhau... era certo que não cantava, mas pelo menos via-se!

Anónimo disse...

Oh pahhhh o que eu queria ver os dentes do Sr.... só para ver se o nome estava bem escrito, va.Ai não, o nome do Sr. estava era na plaquinha.

Depois da nossa passagem pelo "Casinô" (já dizia o sr. Herlander) aquelas máquinas nunca mais serão as mesmas.

Foi muito bom :) Temos de repetir. Mas desta vez com a Jack verdadeiro.

Beijocas Ci

Anónimo disse...

ora pois

eu sp ouvi dizr q o bacalhau quer alho
para a proxim m/amigos levem o tempero

para o concerto

m.

Pedro disse...

Casinô, Casinô, amor, intriga e mistério! Isso é uma grande letra da Rosa Lobato Faria. Memorável. E sim, havemos de repetir seguramente! Com ou sem alho.

P.

Spaceman Spiff disse...

Por forma a não correr riscos, da próxima, é melhor levar também o belo do bacalhau!

Rita disse...

Eu estive lá. Estava impressionante mas pelos vistos tive mais sorte. Fiquei à frente e garanto que deram um grande grande concerto. Não conhecia o novo disco mas gostei tanto das músicas que já o comprei hoje. Tentem ir mais cedo para a próxima ;)

Pedro disse...

Eu sei que é forçado. Eu sei que é ridículo. Mas quando formos ver um concerto dos Deolinda na Páscoa levamos Pascoal!

P.

Pedro disse...

Olá Rita! És a Ruth Rita?:)

Fizeste bem em comprar o CD. É fantástico (ainda que prefira o primeiro). Vamos seguramente tentar ir mais cedo da próxima vez e levamos o bacalhau. Assim somos mais facilmente reconhecidos. Pode ser assim?

P.

Anónimo disse...

rita

q sorte ....

tb queria estar a ver de pertinho
m.