Tenho, em função das minhas (poucas) responsabilidades, uma preocupação relativa com o futuro. O futuro designa o tempo que ainda está para chegar. E que parece tão longínquo. Mas o futuro também pode ser próximo. Pode ser o minuto a seguir. O segundo a seguir. E quando nos apercebemos o futuro já passou. Passou pelo presente. Tornou-se passado. E se assim é quero que o futuro seja relevante. Que tenha alguma história. E é por isso que cada vez mais vivo o futuro de um modo presente. Valorizo mais o tempo e a forma como lido com esse mesmo tempo. Tento preenchê-lo. Afastar-me do que menos gosto. Deliciar-me com o que aprecio. Ter presente que as questões estruturais devem ser acauteladas para um bom futuro mas que futuramente poderei certamente contar com as (boas) decisões do presente.
P.
8 comentários:
Assim cai por terra a minha teoria de, nas agora corridas semanais, definir: "o próximo objectivo é chegar ali à ..." e passas a apreciar o presente que por norma fica-se por um "Ai Jesus!".
Mas realmente isto que aqui está escrito faz-me todo o sentido!
Até porque se torna mais simples dizer "Ai Jesus!" do que "Ai Villas-Boas!".
P.
Ora bem, o que poderei eu referir em relação ao paradoxo passado-futuro? não podemos esquecer que o novo modelo estruturalista aqui preconizado (o futuro vs passado) implica que a condição necessária e suficiente da doxa, da opinião e da razão pura do espírito transcendente. Evidentemente, a indeterminação contínua de distintas formas de fenómeno é condição necessária e suficiente da natureza não-filosófica dos conceitos. A infinidade do futuro enquadra-se no contexto! Ora, essa teoria é constituída como uma antropologia: a consolidação das estruturas psico-lógicas é condição necessária das direcções preferenciais no sentido do progresso filosófico. Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o conceito de diáthesis e os princípios fundamentais de rhytmos e arrythmiston representa uma abertura para a melhoria do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades lógico-estruturais assentes no tempo. Como Deleuze eloquentemente mostrou, a expressão aparentemente plausível a priori pode nos levar a considerar a reestruturação dos paradigmas filosóficos no seio da temporalidade. E mais não digo! :P
E comprimidinhos para isso passar, não?:)
P.
Sem dúvida que estou a precisar! Mas enfim, era desta forma que os nossos testes de filosofia ocupavam mais do que uma folha de ponto, néi? :P
Palha e mais palha. Mas uma palha filosoficamente colocada na folha de ponto!:)
P.
hmmm nao sei kem precisa mais de comprimidos... se kem escreveu se kem vai ler o comentario e tentar percebe-lo, sobretudo a esta hr da manha e antes de beber a dose de cafeina matinal!!
O tempo que nao volta pa tras tem estes efeitos nas pessoas....
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