Lido mal com a justiça. Neste caso com a falta dela. Os casos nos tribunais arrastam-se durante anos e anos com a colocação de recursos em cima de recursos que causam uma demora infinita na obtenção de uma resolução para os casos. É irónico pensar que existem poucos recursos (humanos) num ambiente que vive de recursos (judiciais). Enquanto isso a vida de quem aguarda deteriora-se, degrada-se, surge cada vez mais dificultada.
A (in)justiça não é, no entanto, apenas e só uma questão da barra dos tribunais (gosto desta designação). É uma questão do dia a dia. Uma questão ética. De sermos recompensados de forma justa e igualitária pelo nosso esforço, pelo nosso compromisso. Por aquilo que acrescentamos de valor.
A (in)justiça é também infelizmente aquilo que por vezes nos acontece em classes tão próximas de nós. Que, sem haver um julgamento correcto, nos viram costas e entendem que a sua razão é aquela que é a única e razoável. Nesse preciso momento deixam de existir. Fazem parte do passado.
P.
2 comentários:
Sõr Rissol, se alguém andou a criticar os seus fritos avise, que a gente vámos a eles... deslargem-me, deslargem-me!
Não sei bem se temos falta de recursos humanos.
Um novo relatório europeu indica que, apesar de sermos o país com mais juízes e procuradores, somos aquele que tem mais casos parados e em que o tempo se resolução é maior. É uma vergonha!
E depois coitadinhos que ainda têm que receber um subsídio para pagar casa porque o salário é "baixinho".. são só mais 700€ livres de impostos.
A injustiça desorienta-me. Passo-me! Mas é cada vez mais comum.
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