Estive a fazer contas e estas dizem-me que 28% da verba que entregamos mensalmente ao banco, adquire a forma de capital que é abatido no crédito à habitação. Portanto...28%. Em rigor, e passados três anos desde que aqui moramos, pagámos um espaço equivalente à cozinha. Se isto alguma vez correr mal posso sempre alegar que, pelo menos, o ralo do lava-loiças é meu. Ninguém me tira semelhante artigo.
Ao mesmo tempo percebi, através de um catálogo da Boutique de Relógios, que há relógios que custam o mesmo que a nossa cozinha. Quer isto dizer que, para além da funcionalidade normal de dar horas, o relógio, por exemplo, conserva a comida. Se o valor é o mesmo, porque não considerar que tem o mesmo efeito? O referido relógio tem, e passo a citar, 90 diamantes no bisel. E dá horas. E tem também 44 diamantes no mostrador. E dá horas quando tem a pilha. Curiosamente não lava a loiça. Deve estar avariado, com toda a certeza.
Os bens têm o valor que as pessoas lhes dão ou que pagam por eles. Se estes artigos têm este preço é porque alguém paga semelhante verba. Atribui esse mesmo valor. Mas não faz confusão pensar na desproporção entre um objecto que dá horas e os vários milhares de euros que custa? Eu prefiro manter-me proprietário do ralo do lava-loiças e a ter a roupa lavada. No restante? Nem sequer me quero ralar com isso.
P.
4 comentários:
Yuppi!!!
Pelo menos já há alguma coisa que é nossa!
E já foi renovada:)
Coitado do relógio. Com 90 diamantes no bisel ainda consegue dar horas. Deve ser memo dos bons!!
É um facto, é um facto!:)
P.
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