quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O bom, o mau e o vilão

Estão a ser duelos épicos. Muito à semelhança do que aconteceu no passado entre Edberg e Becker, Sampras e Agassi ou mais recentemente entre Nadal e Federer. Daqueles que ficam gravados na memória dos telespectadores que vibram com a modalidade.

Nos últimos tempos os treinos têm sido feitos apenas com outro aspirante a tenista. Falo-vos de um senhor, com idade para ser meu pai (mas com mais cabelo), e que vê na minha derrota uma forma de satisfação plena. Sim, sim, é o mesmo que rejubila com a ideia de me atirar a bola à tola com toda a força mas que hoje em dia vai um bocadinho mais longe do que simplesmente ter esse gesto tão nobre. Contesta as decisões do treinador quando diz que determinada bola atirada por ele foi para fora - aqui assume o papel de mau - e pede para repetir os pontos em que perde porque...não estava preparado. Há ali muita manha e neste ponto assume claramente o papel de vilão.

Neste momento posso dizer que estou a perder. Também porque a pessoa em causa já antes tinha praticado esta modalidade e joga melhor do que eu. Mas isto está a tornar-se pessoal e por isso conto nos próximos dias inverter o resultado. Não sou daquelas pessoas altamente competitivas mas, por norma, não lido bem com a derrota. Acho que ninguém gosta de perder. Nem a feijões. Não quero com isto dizer que comemos antes de jogar. Nada disso, é só uma forma de expressão. Portanto, para que fique claro, a partir de hoje a sorte vai mudar. E as manhas vão deixar de fazer efeito, caro senhor. Não venha queixar-se da espondilose que isso não pega, ok?

P.

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