sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Thermotebe

"Está um briol que não se pode!" Foi literalmente assim que começou a manhã. Com uma troca de palavras entre duas pessoas que se queixavam do frio junto à estação de caminhos-de-ferro. E com razão, senhores. E com razão. Não se sentem as mãos. Não se sente o nariz. Não se sente o bigode farfalhudo. Nem se sente a Thermotebe. Há anúncios que ficam na nossa memória e marcas que são inesquecíveis. Neste frio só me lembro da Thermotebe ainda que nunca (salvo erro) tenha usado semelhante artigo. Descobri o anúncio e reparem que o artista do vídeo tem bigode. Isto prova que essa condição, por si só, não garante a resistência às vagas de frio.

Lá por casa tudo na mesma, com as incidências do costume com a lareira. Ao longe imagino que os vizinhos pensem que temos um barbecue na sala e, salvo erro, ainda ontem ouvi um dos nossos vizinhos dizer: "Apetecia-me mesmo uma febra". Mas não, meu amigo. Aquilo somos só nós a fazer os ensaios para integrar a corporação de bombeiros voluntários lá do sítio. As lágrimas correm-nos dos olhos com o fumo criado e também com a ideia de que nos perdemos, por instantes, um do outro. "Onde estás, onde estás?!?". É esta a pergunta que ecoa na sala enquanto eu, embebido em lágrimas, já escrevo a carta à SIC para voltar a ter o programa "Ponto de encontro" porque não encontro a minha amada.

P.

2 comentários:

Tazmania disse...

Thermotebe? LoooooooL!

Spaceman Spiff disse...

clap! clap! clap! ... muito bom mesmo!