Já existem, por Lisboa, vários cartazes alusivos ao circo. Nesta altura crescem as tendas de circo com as promessas de espetáculos avassaladores e destinados a todas as idades. Em pequeno ia, com relativa frequência, ao circo. Sempre gostei de ver os trapezistas até porque entendia que eu também conseguia andar naquele fio a dezenas de metro do solo. A frase que eu dizia à minha mãe era: "Com uma rede no chão daquele tamanho? Assim também eu!". Eram os primeiros sinais de uma pessoa corajosa, destemida, mas igualmente parva.
Já há muitos anos que não acho piada alguma ao circo. Não conheço a forma como os animais são tratados mas acho que é completamente contra-natura ter um urso a andar em cima de um pedal, elefantes a subirem para cima de apoios, leões a saltarem por entre o fogo e crianças e adultos a tirarem macacos do nariz. Acho isso tudo errado. Não acho piada - mas isso também nunca achei - aos palhaços rico e pobre e mantenho apenas fascínio pelos trapezistas e malabaristas. São os únicos que verdadeiramente gosto de ver atuar mas prefiro ver em casa enquanto ando em cima do fio do estendal. É mais cómodo.
PS. Estou à espera de comentários furiosos por parte de adeptos do Circo Chen ou daquela tecla do telefone que é o asterisco. Ou será o Cardinalli? Aguardemos.
P.
3 comentários:
Outra coisa que se vê, e é um abuso, é porem tanto camelo a trabalhar!
Muito bem! Mesmo sem ir ver os palhacinhos, já me fartei de rir:):). Beijinhos.
Quando fizeres o malabarismo no estendal não te esqueças de cortar as unhas dos pés antes... ainda tropeças e vais cair ao vizinho de baixo ;)
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