segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cadê as soluções?

Devo dizer que estou a escrever este texto pela segunda vez. Já o tinha quase, quase terminado e fiz uma combinação qualquer de letras que fez com que o mesmo desaparecesse. Espectacular, não é? O mais provável é que já não saia exactamente igual. A ver vamos...

Retomei as leituras. E contrariamente ao que tinha pensado fazer, acabei por deixar o policial na gaveta e optei por um romance. E curiosamente, sem haver qualquer tipo de ligação com o ego, por um romance em que uma das personagens se chama Pedro e a própria autora contém o meu nome no nome dela. Pedrosa. Assim se chama. E nem por isso tive desconto, o que eu acho uma vergonha!

Acho que se devia instituir uma regra em que se ficasse provado que existe uma relação lógica entre a pessoa e o autor se teria direito a um desconto na compra do livro. Se, por exemplo, uma pessoa fosse "mago" (que aliás é uma profissão que aparece todos os dias no expressoemprego) tinha descontos na compra de livros de José Saramago. Outro exemplo: se a pessoa fosse padre teria descontos na compra de livros de J.R.Santos. Ainda outro (internacional): se a pessoa usasse sapatos castanhos teria desconto na compra de livros de Dan Brown. Porque existe ali uma relação lógica. Qual é? Não faço a mínima ideia. Lembrei-me disto neste preciso momento.

O livro chama-se "Os íntimos". E durante uma noite as memórias cruzam-se com revelações (fotógrafos, claramente), retratando as vivências e opções de uma geração. Isto baseado em personagens masculinas. À data, e porque comecei ontem, conheci apenas um tal de Afonso. Um senhor já de certa idade. Médico. E os livros têm esta capacidade de nos colocarem a pensar um bocadinho mais além. Conheço mais deste Afonso em 20, 25 páginas do que dos meus vizinhos. Não que fosse minha intenção conhecê-los melhor mas estando aqui mais ao pé provavelmente seria mais fácil.

Não consegui, no entanto, disfarçar aquele péssimo hábito de estudante de ir ver o final do livro. Devo andar à procura das soluções, com certeza. Um bocadinho na lógica dos livros de matemática em que se diz que a resposta ao exercício 34 é "5" sem resolver a equação. Outra abordagem pode ser pensar que existe aqui uma tentativa de ler o livro como se fosse o jornal "A Bola", isto é, de trás para a frente. Mas há diferenças entre ler que o Coentrão tem uma cláusula de rescisão de 30 milhões e um romance. Mesmo que os títulos dos jornais sejam "Bayern namora Coentrão". Não é o mesmo.

Nos próximos dias conto ir dando algum desenvolvimento a esta leitura e depois direi algo de minha justiça, ok?

P.

2 comentários:

Anónimo disse...

acho muito bem que o policial fique na gaveta
e que andes de romance debaixo do braço ou nao... lol

bjs & boa semana
M.

Pedro disse...

Anda na pasta! Juntamente com tudo o resto dado que o conceito portátil ficou totalmente esquecido.

Boa semana também para ti!:)

P.