Compal de banana

Adoro trocar as voltas aos miúdos. Não é os de frango, atenção. Nada disso. Refiro-me às crianças. Gosto de lhes segredar ao ouvido coisas que não têm qualquer tipo de nexo e, se possível, dizer-lhes para irem perguntar qualquer coisa palerma aos adultos. Tenho a certeza que não aprendem nada mas, ao menos, riem-se que nem umas perdidas.

Este fim-de-semana, e na indecisão de uma das nossas pequenas, em saber qual era a bebida que queria para o lanche, segredei-lhe ao ouvido que podia ser "compal de banana" porque assim combinava bem com ela que era meio banana. Ela riu-se e lá disse: "Pode ser um compal de banana?". A senhora que nos atendia, meio atrapalhada, respondeu: "compal de banana não temos...". Eu sorri e a pequenina também e lá pedimos um outro sabor que todos sabíamos que a marca vende.

Vai haver a altura em que, e só para respeitar a lógica dos frutos, vou ficar com um grande melão por ser mal interpretado nestas brincadeiras. Mas aí, tal como hoje, vou simplesmente pensar que é uma questão de falta de humor ou má disposição e que o problema não é meu. O sor(riso) daquela criança naquele momento disse-me claramente que o "compal de banana" jamais por ela será esquecido. E isso sim é o mais importante.

P.