sexta-feira, 19 de novembro de 2010

03h45? Juras? Mas isso não é todo o tempo do Mundo?

Grande, grande noite. Ainda estou, e estarei seguramente no fim-de-semana, sob o efeito Rui Veloso. Não foi bom. Não foi muito bom. Foi genial! À hora marcada lá estávamos no Coliseu de Lisboa. Nós e centenas largas de portugueses que, contrariamente ao habitual, chegaram a horas. Assim tivemos de ver o Rui de esguelha. Ainda que não se visse o palco todo - havia ali um som perfeitamente indicado de um senhor músico que para nós não passava de um fantasma - estávamos muito próximos do mesmo e por isso víamos (para eu conseguir ver é porque estávamos mesmo perto!) muito bem as expressões do Ruizinho e seus pares.

Muitas as músicas conhecidas. Tenho ideia que, à hora que escrevo, ainda o podíamos estar a ouvir tal o repertório de músicas que este senhor criou ao longo de 30 anos de carreira. Muitas aquelas que eu não conhecia. Mas como o som é tão bom, a musicalidade é tão perfeita, sentimos que podemos estar ali horas a fio. A sala também ajuda muito a gerar um ambiente extraordinariamente envolvente. Percebo agora porque é que consideram o Coliseu um local de eleição. Porque se gera uma intimidade muito grande com quem está no palco - houve uma pessoa que gritou "Oh Rui, faz-me um filho!!!" - e é maravilhoso olhar para a plateia e balcões e ver todos a cantar. Todos menos um. O senhor ao meu lado não cantava. Não lhe ouvi uma palavra. Limitava-se a pôr o nariz dele na minha linha de visão até ao palco. Por isso, para mim, o cartaz comemorativo dizia "Rui Veloso, 30 anos de carreira e uma sinusite.".

Talento foi o que mais se viu. Estiveram em palco João Gil, Jorge Palma, Tim(óteo) e Mariza. Cada um deles cantou duas músicas com o sr. Veloso. Sendo todos muito bons, destaco claramente a presença de Mariza. Mas para falar dela escrevo outro post. Se vou estar sob o efeito Rui Veloso durante os próximos dias, a presença daquela senhora aguçou-me o apetite para a ir ver numa próxima oportunidade e por isso já vos falo dos sentimentos tidos naquele momento. Uma coisa é certa: aos 31 anos de carreira marcaremos nova presença. Até porque nos ficou a dever os clássicos "Jura" e "Todo o tempo do Mundo". E isso não se faz.

P.

2 comentários:

Cláudia L. disse...

Foi mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo muito bom!

Não esquecer o Sr. Dani Silva e o Sr. Tito Paris. :)

Pedro disse...

Ups! Ainda bem que também lá estiveste senão já tinha esta falha!:) Ah, ganda Rui!

P.