quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nem 8, nem 80

Este mês fiquei pelos 87. No dia em que os Flinstones celebram 50 anos de existência. Célebres os gritos de Fred Flinstone: "Wiiiiiiiillllllmaaaaaaaaaaaaaaaa" e "Iebadebaduuuuuuuu" e os pés de fora de carro a darem balanço para que este andasse.

P.

Ouvidinhos bem abertos

Uma das melhores experiências da minha vida foi ter integrado uma equipa de um desporto colectivo. No caso o basquetebol. Para além do desporto em si, que é fundamental, aprendemos "n" particularidades que são determinantes para a nossa vida. Ajudam-nos a formar o nosso carácter. A nossa personalidade. E nesses anos, em praticamente todos os treinos, ouvia que era preciso ouvir. Muitas vezes nas camadas jovens há uma dispersão muito grande na atenção. E, por isso, estar concentrado marcava muitas vezes a diferença entre o sucesso e o insucesso.

Nunca fui bom jogador, por razões várias. Mas lembro-me que aprendi (e tento praticar) que ouvir é fundamental. Porque só assim percebemos os outros e temos a capacidade de nos perceber a nós próprios nos nossos pensamentos. Avaliar. Reflectir. Decidir melhor. Eu gosto de falar com quem tem a capacidade de ouvir. De estar atento. Costumo dizer que há uma diferença clara entre quem realmente quer saber de nós - pergunta de forma determinada e sentida - e quem pergunta por mera casualidade ou circunstância. Como não sou muito dado a circunstâncias geralmente só partilho aquilo que realmente caracteriza os meus dias, e mais do que isso o meu estado, com quem tem esta capacidade. De ouvir e de partilhar na esperança de que também o consiga fazer.

P.

Resposta

A resposta ao desafio é Praga. De rogar pragas. Não seria tanto as pessoas dizerem mal umas às outras mas sim desejar mal. Enfim, ficou a intenção.

P.

Comer, orar, amar

É uma das minhas actrizes de eleição. Julia Roberts chega hoje às salas de cinema com o filme "Eat, Pray, Love". Em português sob o nome "Eu gosto mesmo é de pôr azeite no bacalhau". Estou a brincar. Chama-se "Comer, orar, amar" e retrata a história de uma rapariga de 30 anos (na vida real, a JR tem 43) que após ter sofrido uma crise conjugal decide fazer uma viagem de um ano por Itália, Índia e Indonésia (tudo com "I", o Iraque já apresentou protesto pela falha) na expectativa de readquirir o equilíbrio. Nos EUA ainda não existia, nesta data, a pulseira do equilíbrio. Senão tudo teria sido mais simples para a JR.

Conta a seu lado, ainda que por vezes em certas cenas possa aparecer à frente da JR, com Javier Bardem, o senhor que contracenou com Scarlett Johansson e Penelope Cruz em "Vicky, Cristina, Barcelona". É pouco esperto, este Bardem. Suspeito que deve dizer muitas vezes "Ah, isto não ficou bem. Vamos repetir." Desculpas Bardem, desculpas.

Podem ver o trailer aqui. Se forem ao Alvaláxia hoje, e na compra de um bilhete normal ganham um bilhete válido de 06 a 08 de Outubro de 2010 para usufruto no mesmo local. Uma promoção de leão.

P.

Noves fora nada ii

Não sei se terão sido nove as medidas de austeridade enunciadas pelo Governo. Mas, para o caso, dá-me jeito que tenham sido. Entre outras medidas, a taxa de IVA sobe, em 2011, para 23% na expectativa de ser cumprido o objectivo de corte do défice orçamental para 4,6% previsto para esse mesmo. Estas medidas estão completamente fora daquilo que a maioria das pessoas pode e consegue suportar.

A quantidade de impostos pagos pelos cidadãos é absolutamente impressionante e, ao final do mês, dá a sensação de que praticamente nada faz sentido para permanecermos neste país. O problema é que é há sempre razões mesmo muito fortes para permanecermos. Se não fosse por elas, por aqueles que amamos e que nos fazem sorrir, seguramente que já estaria fora daqui. Em menos de nada com rumo a um destino onde se inove e em que não se viva na cultura do despesismo.

P.

Noves fora nada

Éramos nove sentados a uma mesa redonda. O ideal para jogar poker. Mas a quantidade de loiça em cima da mesa não permitia tal acto. Não dava sequer para fazer bluff. Só mesmo com a comida quando alguém - quem terá sido? - sugeriu que a tarte de limão era do LIDL. Se era, é de dizer que era muito boa. O jantar foi muito simpático.

Cumprindo as "regras do jogo" da R. Week ficámos numa zona específica do restaurante. Lá fora. Não foi fora do restaurante. Nada disso. Isso foi só antes de passarmos por uma porta giratória semelhante à do Casino de Lisboa. Talvez por isso a minha pergunta inicial tenha sido: "Desculpe, onde é que ficam as máquinas de 10 cêntimos?". Ficámos simplesmente numa zona que era aberta e em que sentíamos o ar fresco da rua. Enquanto isto acontecia o Governo anunciava medidas de austeridade e o Benfica perdia na Alemanha.

O serviço e a qualidade do espaço foram indesmentíveis. E os sor(risos) de quem nos servia demonstrava bem que estava perante uma mesa animada. A formalidade - à entrada fui recebido com um Sr. Pedro (como quem diz, este homem é um senhor!) - foi progressivamente substituída por ligeiros traços de reconhecimento da boa disposição vivida à mesa. E, também por isso, nada ficou por provar.

Valeu.

P.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma questão de atitude

"Ninguém nasce com talento. O talento educa-se como outra coisa qualquer. Há pessoas que não sabem fazer nada porque têm falta de cultura ambicional. Eu não sei se é assim que se escreve, se existe esta cultura ambicional, mas para os devidos efeitos, isto foi inventado agorinha mesmo. O que quero mesmo dizer, é que não existindo ambição, não existirá talento. Vivemos num país onde a grande maioria das pessoas justifica a sua actividade, como se isso fosse uma penosa fatalidade. Pergunte-se: "Então, senhor Joaquim, tem trabalhado muito?" E é certinho que este nos responde: "Pois, tem que ser". É uma pena que trabalhar seja uma coisa que tem que ser. E se é certo que ajuda fazer aquilo que gostamos, fazer aquilo que não gostamos não tem que ser obrigatoriamente porque tem que ser. Podemos ser os melhores a fazer aquilo que gostamos, mais mais admirável do que isso, é sermos os melhores a fazer aquilo que não gostamos. Reparem só, eu gosto de escrever para este jornal, mas se tivesse que trabalhar no MCdonalds, mesmo não percebendo nada de restauração, eu queria ser o funcionário do mês. Com fotografia e tudo. Mas não, não podemos comer só o que queremos. Por vezes, tempos que sorver a sopa toda e o peixe cozido que é o que há. Pois bem, daqui se conclui - e reparem na grande moral - que temos de viver com os nossos defeitos e fazer deles características distintivas. Das nossas inabilidades, singularidades comentadas. Dos nossos azares, o melhor que nos podia ter acontecido. E o talento aparece aí, na forma inventiva, como conseguimos disfarçar que a comida é de ontem. O talento por si só, de nada serve."

Fernando Alvim in Jornal Metro, 2010.09.29.

Só assim para desanuviar...

...vimos o Eduardo Beaute durante a hora de almoço. Terá dito na hora de lhe servirem o prato: "Beaute mais um bocadinho sff". E, já agora, uma pergunta do dia (essa afamada rúbrica deste blog): Qual é a cidade europeia onde as pessoas dizem mal uma das outras? A resposta será dada amanhã (tem trocadilho implícito).

P.

Estrelato

Está cada vez mais próximo. Não tenho dúvidas. Especialmente porque à hora do treino já se podem ver as estrelas. Estrelas, estrelato...alguém nota a diferença? Neste momento já jogamos sob a luz dos holofotes. Portanto a pressão é maior. Já tentei implementar aquele sistema que se usa no teatro para focar apenas o artista, mas não dá. Assim passava o jogo sempre à sombra mas depois não via a bola. A falhar, que seja em condições.

A verdade é que continua a dar-me um imenso gozo jogar ténis. Até porque acho piada ao facto de ser o único desporto que goza de um nome de desporto e de um tipo de calçado. O futebol é, nesse particular, muito fraquinho e o mesmo se pode dizer das galochas que não são propriamente conhecidas por serem uma modalidade olímpica. Continuemos, pois então.

P.

Praxes

Estão a terminar as praxes. Pelo menos, ao abrir as janelas, já se ouvem os passarinhos em vez dos cantares de letras profundas que são o apanágio desta época. Pena que os passarinhos, no caso as andorinhas, teimem em voar contra a janela gerando aquele som tão característico do mundo animal - CATAPUM!

Deixei de ver pessoas pintadas no comboio ao fim do dia. Desapareceu a letra "O" que figurava em algumas testas que por lá passavam. Uma sugestão: se escrevem a palavra "Maior" a seguir a "O", a figurinha ganha logo outro sentido. Estudai meus filhos, estudai.

As praxes são absolutamente necessárias para uma melhor integração no ensino superior. Preservando os limites do bom senso, promovem a união entre as pessoas e quem nelas participa percebe que retira dali um enorme benefício para os anos seguintes. Nascem, crescem e desenvolvem-se amizades.

P.

Pipi sem pipis

Hoje é noite de gala. E estranha-se, por este facto, que a gala não tenha apresentação do João Baião e da Sónia Araújo. É de lamentar. A Restaurant Week está aí e por isso vamos tentar aproveitar o que de melhor a cidade tem para oferecer em matéria de restaurantes. A escolha foi consensual até porque já estava bastante limitada. A verdade é que a crise, em determinados momentos, não se nota. Foi com alguma ironia que registei respostas telefónicas semelhantes a "Pffff, reserva para amanhã? Estamos cheios." No final ainda ouvi "Olha-me este badameco...".

Aconteça lá o que acontecer hoje vou pedir pipis. Só para chatear. Na realidade vai ter graça tentar dizer correctamente foie gras. Mas também vai ter graça tentar sair da rotina habitual da cantina onde temos de escolher prato pequeno ou grande. Como estou tão mecanizado no pedido seguramente que vou escolher grande na expectativa de que possa ter uma boa, suculenta e capaz refeição.

P.

Desculpem senhores, desculpem.

Ligaram-me da Aljazeera. Isto porque me esqueci de fazer referência ao programa "Quem quer explode". As minhas desculpas, sim?

P.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ia-me dando um Sha(l)yk

É só.

PS: É impressão minha ou são as fitas que se vêem à porta do talho?

P.

Vou dar o mote

Venham ao Motelx. Festival de Terror de Lisboa no Cinema S. Jorge até dia 03 de Outubro de 2010. Sessões de autógrafos com lobisomens. Para ver aqui. Dizem que o café tomado na esplanada não é mau de todo. É de aproveitar. Se possível tragam-me postais da postalfree para distribuir lá por casa.

P.

2+2=Raíz quadrada de 16

É inteligente. E muito. A minha sobrinha mais velha faz contas de cabeça com imensa facilidade, o que é um motivo de orgulho, mas acima de tudo de muita cabecinha. Ter a tabuada na cabeça e ter agilidade mental para a usar, quando necessário, é muito positivo. Espero agora, que de alguma forma, quando forem organizados os concursos na escola tenha a capacidade de ganhar os brindes. Se ainda for como no meu tempo, não vão faltar berlindes lá por casa. E seguramente vamos jogar os dois usando as covas feitas pela mana para caçar as binhocas. Elas que se preparem!

P.

A amizade tem classe

Ter um blog proporciona-nos um conjunto de pedidos. Um bocadinho como no Natal mas sem renas. De quando em vez surge um pedido ou uma sugestão. Talvez seja melhor classificar como sugestão. "Olha, tens aqui mais um tema para o blog!", foi a frase que já ouvi por meia dúzia de vezes. Recuperando o tema do Natal eu respondo dizendo "Oh, oh, oh, ok vou tratar disso!". Há temas que demoram mais tempo do que outros. Este demorou bastante tempo. Na sequência de uma piadola sobre ovos, ficou no ar o desafio sobre ovos de Classe A. Eu pensei em A de amizade e por isso proponho-me a estabelecer uma relação entre amizade e ovos. Vamos a isto.

Os ovos quando nascem são para todos. A amizade também. Pelo menos assim o dizem. Ou é o sol? É o sol, é o sol.

Os ovos têm classes e nós tendemos a classificar os nossos amigos. Pelas suas origens. Pelo seu grau de importância.

Os ovos têm embalagens muito próprias e tendencialmente viramos as embalagens para ver se está tudo inteiro. Eu só me lembro de ter sido completamente virado do avesso quando me bateram na escola. Mas suspeito que não eram meus amigos.

Os ovos têm uma casca que pode e deve ser quebrada. A amizade também. Significa ruptura e um maior conhecimento entre as pessoas.

Dizem que o interior das pessoas é que conta. Na verdade também sempre gostei de uma gema.

As amizades nascem, crescem e evoluem. Mexem-se. E eu adoro ovos mexidos.

Uma amizade deve ser transparente e clara. Como os ovos, mais uma vez.

Nada mais me ocorre. Só espero que o jantar seja frango.

P.

2 dólares

É o valor que carrego comigo. Todos os dias. Desde que deixámos NY. Foi o que sobrou da nossa viagem e é o princípio de um novo começo. É um dos dois destinos aos quais quero mesmo voltar (a par de Viena). Pela grandiosidade e porque deixei um sonho por cumprir. É verdade que estive no Maddison Square Garden - The World Most Famous Arena - mas não é menos verdade que não vi nenhum jogo. E por isso, e por tudo o resto, faz todo o sentido voltar. Espera-se agora a neve, o branco, o frio e uma nova aparência para a cidade. Espera-se uma nova possibilidade para fazer as malas e voar para aquele local que tanto me marcou.

É curioso como beber um Moca e estar com a moca são conceitos completamente diferentes. Sim, eu sei que não tem nada a ver. Mas apeteceu-me.

P.

Preciso de ir ao médico...

Acordei com esta problemática. Se a amizade dá frutos então porque é que continuo a ter que ir ao supermercado comprar fruta?

P.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Via Verde

Fui acusado. Mas mais uma vez tratam-me por Vossa Excelência. Sou um tipo fraudulento, mas a sê-lo que seja com boas maneiras que o respeitinho é muito bonito. A Via Verde escreveu-me. Alegadamente depois do post que fiz sobre as cartas em que dizia que já ninguém escrevia cartas a ninguém. "Ah é, ah é, então toma lá disto!", pensaram eles. E se pensaram, executaram na perfeição. Terei passado, em Outubro de 2009, por quatro vezes numa portagem com o identificador com o sinal amarelo. Portanto não podia nadar. Só boiar. Isto porque estava a chover naqueles dias. Lembro-me como se fosse hoje. Mas não é. É difícil, com esta distância temporal, lembrar-me se efectivamente houve algum problema com o identificador.

Já tentei pagar a multa. Mas sem sucesso. Os dados que me foram disponibilizados não estão correctos. Talvez tenham sido gerados em Outubro de 2009 e não tenham uma validade próxima de um ano, o que é de lamentar. Portanto seguramente vou agora gastar mais dinheiro numa chamada telefónica para resolver o problema do que pela multa em si. Faz todo o sentido. Se calhar, da próxima vez, antes de passar na Via Verde tiro uma foto a mim próprio para quando me escreverem eu conseguir lembrar-me desse dia.

Não estou propriamente bem disposto com este tema. Raiosparta!

P.

Despicable me



A não perder! Na versão portuguesa com vozes de Nicolau Breyner, David Fonseca e Lady Betty Grafstein.

P.

Café, chá, laranjada, calendário?

Low cost é isto. Não ter dinheiro para o guarda-roupa. É o que se passa na Ryanair onde as hospedeiras da empresa se vão despir para fazer um calendário solidário. Acho sempre piada a este tipo de notícias que resultam de iniciativas que visam contribuir para o bem da sociedade e dos utentes. Dos passageiros, leia-se. Agora será com a maior naturalidade que um chá poderá vir acompanhado de um conjunto de fotos tiradas na praia da Costa de Caparica em 1989. Para ver aqui.

P.

A fama aqui tão perto

Tercena, bomba de gasolina.

Funcionário ao telefone com o empregado do restaurante: "Olha, tens por aí rissóis e croquetes?"

Eu: "Então, mas isso sou eu!"

Funcionário: "Eh pá, junta-lhe um bocado de arroz a dois rissóis e dois croquetes."

Eu: "Arroz não temos, de facto".

Se calhar é isso que me falta para chegar ao estrelato. Ter arroz para acompanhar os rissóis e croquetes. É isso.

P.

Crónica ao Ataque ao Santa Maria

Lembram-se disto? O filme é bom dado que se trata de uma reconstituição histórica feita com rigor e respeitando os costumes da época (década de 60). É óbvio que, dado o orçamento, não tem todos os efeitos especiais que poderiam fazer do filme algo de mais espetacular mas é um filme interessante.

O orçamento é tão baixo que, a páginas tantas, e numa determinada cena, a Leonor Seixas não tem roupa suficiente para estar devidamente vestida. Dizem-me agora que é uma cena de amor. Ahhhhhhhhh, ok. É, para mim, a mulher mais bonita do panorama televisivo/cinéfilo português. Sem dúvida!

P.

In the ZON(e)

Já estou um bocado farto da Zon. O serviço é mesmo muito mau. A box raramente funciona especialmente se considerarmos as tentativas frustradas de gravação de programas e acesso ao videoclube. E sim, o zapping é mesmo zap...zzzzzzz...ping. Fui fortemente influenciado pela publicidade da MEO para finalmente mudar de operador. Toda a gente diz que a MEO é muito melhor e por isso não havia sequer porque duvidar da mudança. Mas constatei que a MEO não tem o canal da NBA. A maltinha do basket. E isso faz mesmo toda a diferença.

É verdade que a MEO tem argumentos muito fortes e até estranho não terem falado mais de um ponto em particular. Falo logicamente do canal Aljazeera. Se, em Portugal, adaptamos os programas oriundos da Holanda, seria natural que a malta da Aljazeera readaptasse os programas lusos (mesmo quando já não nossos). E, por isso, é com tristeza que não irei ver programas como "A bomba certa"; "Quem quer ser terrorista, alta pressão"; "Suicídios no coração", "A praça da tristeza" ou mesmo "O meu pai, que é terrorista, é o meu ídolo". Uma pena. Mas sem NBA não me convencem.

P.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ah e tal e coiso

Adoro a capacidade que as pessoas têm de dialogar com recurso a expressões tão carismáticas como "coiso". Não é invulgar ouvirmos na rua, nos meios de transporte públicos, pessoas que têm este tipo de discurso:

"Podemos ir ao "coiso". Vou ligar a "não sei quem" para dizer que fazemos "não sei o quê" por volta das 20h."

É por isso que o meu voto de bom fim-de-semana vai ser simplesmente assim: "Coiso e tal para vocês".

PS. Ao menos nas famosas conversas telefónicas do presidente do F.C.P. todos percebíamos o que era a fruta e afins. Talvez não tivesse sido má ideia usar "coiso e tal". Sempre passava mais despercebido.

P.

Portugueses no Mundo

Portugueses no Mundo. É um programa da RTP que mostra a visão dos portugueses sobre cidades estrangeiras onde estão a estudar ou a trabalhar. É muito mais do que uma simples visita às cidades. É a visita de quem por lá habita. Gosto deste tipo de programas que trazem a visão do cidadão comum. De quem realmente sente e vive as cidades. De quem as procura descobrir. Uma óptima companhia para quem gosta de viajar e de novas paisagens. Consta que a reportagem sobre Alfornelos vai ser emitida no próximo Reveillon. Aguardemos. De certeza que vão existir estouros. Promete ser de "arrouba". (sim, sim, eu sei que é arromba).

P.

Relativizar

Cada vez mais. Tentar dar importância ao que realmente merece e relativizar os temas menores. Provoca muito menor desgaste e cansaço. São coisas que se vão aprendendo e que, mesmo sendo difíceis de colocar em prática, são absolutamente necessárias.

P.

Bruxelas quer saber...

Bruxelas quer saber como é que Portugal vai diminuir o défice. Portugal também quer. E o Governo também desejava saber. Mas aparentemente não sabe. O Ministro das Finanças fez saber que no próximo ano haverá um novo aumento de impostos. Alegadamente do IVA para 23%. A discussão não é sobre o valor do aumento até porque não houve negociação entre o PM e o líder do PSD. O líder saiu mais cedo da reunião alegadamente porque não queria perder o programa da Fátima (já aqui evocado) na perspectiva de poder redigir uma carta digna de ser aceite pela apresentadora para poder pagar as dívidas do País. "Vou ali e já volto", foram as últimas palavras ouvidas. Mas não voltou. Discute-se, isso sim, sobre a forma correcta de dizer IVA. Há quem leia a palavra mas também quem diga I V A. Que soletre as letras. Talvez seja mesmo o mais correcto...

A verdade é que isto está mesmo muito complicado. Os mercados internacionais não acreditam em nós. Bandidos! Talvez por isso tenha sido tão importante nesta fase a visita do PM a Nova Iorque. Porque enquanto os outros se riem do inglês técnico - viram a reportagem em que ele diz "we have the receipts...receipts? receipts? you know what I mean - sempre se passa mais algum tempo. Disfarça-se o indisfarçável.

Por isso, para o ano, talvez vá emigrar. Para longe. Para o Serengueti. Sempre quis lá ir e acho que pode ser uma boa oportunidade fazê-lo agora. Consta que o I V A no Serengueti não é elevado. Entretanto espero que Portugal consiga convencer Bruxelas. Estou certo que, se tal acontecer, vamos receber couves. As de Bruxelas.

P.

E mebocaina, não?

Miami. É um dos locais que gostaria de visitar. E para isso muito contribui o facto de com alguma facilidade podermos ver algumas imagens do local. Mais que não seja através da série CSI Miami. Eu gosto destas séries. Os episódios são isolados, curtos e existe sempre a expectativa de sabermos o desfecho de cada um dos episódios. Mas no CSI Miami há outra particularidade? Conhecem o David Caruso? É este tipo aqui.

E não reconheço nele grandes qualidades de actor. Desempenha praticamente todas as cenas com as mãos na cintura numa espécie de constante alusão à tauromaquia. Não me constou que Miami fosse conhecida pelas suas praças de touros. Para além disso tem a enorme capacidade de falar sistematicamente no mesmo tom de voz e com extrema rouquidão. É indiferente aquilo que ele tenha para dizer. Soa sempre ao mesmo. Tanto faz ser: "Passa-me aí o luminol" como "o futebol já foi mais técnico". É indiferente.

Uma óptima recriação da personagem feita por Jim Carrey pode ser vista aqui.

P.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Citizen Dog

Tenho duas bandas desenhadas de eleição. Daquelas que ficaram para todo o sempre gravadas na minha memória e das quais não quero fazer delete.

Uma delas dá pelo nome de Calvin&Hobbes. Adoro a multiplicidade de personagens que o Calvin veste e a relação que estabelece com o seu peluche animado, Hobbes. Talvez daí decorra a minha estreita relação com os felinos, já que o Hobbes é um tigre. O verdadeiro Legendary Tigerman. Sim, é capaz. Lembro-me que em pequeno cheguei a arrancar um olho de um urso de peluche algo que nunca faria a um felino. Até simpatizo com os ursos. Dava-lhes imensas bolachas Maria em pequeno no zoo. Aquilo eram bolachas atrás de bolachas, mas por alguma razão eram sempre Maria. Nem uma bolachinha de água e sal ou umas Chips Ahoy. Nada. Quando, num certo dia, experimentei enviar amendoins não fui muito bem aceite. "És mesmo urso", disseram-me os ursos.

A outra chama-se Citizen Dog. Salvo erro só existiram três volumes. É algo que estamos a tentar confirmar através da Amazon porque se existir mais algum....é encomendar depressinha! Trata da relação entre um homem - Mel - e o seu cão - Fergus mas em que o animal de estimação assume uma posição extremamente humana. Por exemplo, lê jornais e conduz o automóvel da família.

Esta tira fez-me lembrar os jogos de ténis (ainda que a tira seja sobre voleibol). Continuo a correr desalmadamente atrás de uma bola amarela a ver se lhe acerto. Neste momento tudo o que seja parecido com uma bola de ténis amarela leva uma pancada. Ou mesmo duas. Talvez por isso tenham rolado maçãs ontem no supermercado à noite. Não foi por mal senhores. Não foi por mal. Neste momento é mesmo mais forte do que eu.

Ah, as personagens podem ser encontradas aqui. São estes dois a quem me refiro.

P.

Comé, Bekele?

Lembram-se disto? Pois bem. Não melhorámos praticamente nada. E temos cerca de um mês para mostrar ao Mundo (se houver transmissão televisiva) qual é efectivamente o nosso valor. Zero. Pode ser o número certo para esta problemática.

A corrida do Tejo está aí à porta. É já no dia 24.10.2010 e as inscrições podem ser feitas aqui. Engane-se quem pensa que a corrida do Tejo é feita à volta do Dolce Vita Tejo. É verdade que há pessoas que correm a partir daquele centro comercial mas geralmente trazem debaixo do braço um LCD ou peças de ourivesaria. É um campeonato diferente. Aparentemente ilegal.

Meus amigos, compareçam. Vale imenso a pena, seguramente.

P.

É só amor!

Viagem. Uma viagem de comboio. Pode ser mais do que uma viagem. Pode ser um verdadeiro filme. Não faltam enredo e personagens.

Personagem A: Somos 5 filhos e sou sempre eu que levo a minha mãe de férias.
Personagem B: Ah! E vai com o seu marido, claro.
A: Acha?!?! É que nem pensar. Aquele homem é um bruto!
B: (...)
A: Estamos casados há 32 anos e nunca gostei dele. Só mesmo até ao casamento mas aí andava tapadinha. (nota do autor: era sinusite ou como dizem algumas pessoas sinósite).
B: (...)
A: Aquele homem é um bruto. Veja lá que, por exemplo, nunca vai ao médico. Sabe como é que ele faz para tirar os dentes?
B: (...)
A: Pega numa pinça das sobrancelhas e arranca! Tem a boca feita num oito.

Algumas notas do autor:

1. Espero ter sempre a clarividência necessária para nunca alinhar nesta lógica do "deixa andar";
2. Admiro a capacidade de ter a boca feita num oito. É um número que, pelo seu desenho, não é fácil de imitar;
3. Suspeito que caso o senhor tenha uma unha encravada use um pé-de-cabra para a arrancar. Parece-me suspeito pensar de uma outra forma que não esta.

P.

Outono

Chegou o Outono! O Outono. É bom, não é? O Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono, o Outono. RaiospartaoOutono!

P.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um dos meus favoritos



P.

Baralha, baralha, baralha

As letras do meu nome e defino o estado actual. Podre.

P.

What a Mess(i)

Viram a cacetada que o Messi levou no último jogo do Barcelona? Passou de calçar o 38 para passar a calçar o 53 tal o inchaço no pé. Vejam o efeito no pé ao segundo 46 deste vídeo. Esta Sara Carbonero é mesmo muito gira! Para que é que eu desisti do espanhol? Perdon Sara, perdon.

P.

Cartas

Hoje em dia já ninguém escreve cartas a ninguém. Os tempos mudaram completamente mas um email nunca substituirá uma carta. É completamente distinto. Mesmo que seja personalizado nunca chegará ao nível de uma carta que nos é dirigida e recebida no correio. Espero que a anterior - a do post - chegue ao seu destino.

P.

Agora é que conta

Senhora Dona Fátima Lopes,

Desde 2007 que a minha vida não é a mesma. Contraímos uma dívida por 45 anos para termos o nosso pequeno apartamento. De lá para cá escrevem-nos pessoas que nunca conhecemos. Atormentam-nos. Têm nomes muito estranhos como "EDP", "TMN" ou "ZON" e exigem-nos que lhe paguemos por tudo e por nada. Para ver melhor as cartas acendi a luz, peguei no telefone para obter esclarecimentos e para me distrair liguei a televisão para gravar o programa da senhora que fala com mortos. Logo a seguir recebi as facturas referentes a estes três actos. Nestes três anos perdi imenso cabelo e ganhei bicos de papagaio. Tornei-me uma pessoa chata para fazer jus aos pés. Passei também a ver mal ao longe e continuo sem saber fazer crochet.

Senhora Dona Fátima, a minha vida tornou-se numa desgraça por causa desta dívida. Nunca passei do mini golfe para o golfe e digo, com regularidade, a palavra "xuxi" quando me quero referir ao prato japonês. Até me esqueço de pôr a gasolina quando já fiz o pré-pagamento e coloco creme para os pés na cara. Deixei de ter calos. Uma coisa positiva, vá.

Senhora Dona Fátima, aceite por favor a dívida que lhe envio. É de bom grado que lhe envio os documentos. E se quiser venha tomar um cafezinho cá em casa que lhe oferecemos um bolo da Bimby.

Espero que reconheça a minha dor nesta carta - em especial pelos bicos de papagaio - e que seja compreensiva em liquidar esta dívida que tantos prejuízos nos tem causado. A nós e aos nossos.

P.

Quarta-feira

Um novo dia. Uma nova história. Que tenham um óptimo dia (mesmo considerando o trânsito caótico). O blog segue dentro de momentos.

PS. Por curiosidade fui ver e no google continuo a aparecer em primeiro lugar pesquisando por nua e despida. Acho isto genial. Já se pesquisar por rissois sou batido pelas receitas e pelo blog de uma tal de Elvira. Deve achar que é a maior, a gaja!

P.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um (imenso) orgulho

Escrevo e reescrevo páginas na minha mente. Afinal mais de 4.000 dias de existência conjunta têm história. Superámos barreiras. Muitas. Desafios. Uma distância muitas vezes incalculável. Percorremos o país vezes sem fim à procura de segundos, minutos, de escassas horas. Do nosso tempo. Desafiámos mentalidades e costumes. Quebrámo-los. Sonhámos muitas e muitas vezes. Falámos muitas e muitas vezes ao telefone quebrando a saudade. Guardámos a nossa voz. O nosso carinho. É no reescrever das memórias que encontro aquilo que tenho todos os dias. Um enorme e imensurável amor. És a minha força e para todo o sempre o meu pensamento. Por ti. Para ti. Hoje, amanhã e sempre.

P.

Aquapura

Vi na revista "Evasões" e também já me tinham falado deste espaço único. O preço? Incomportável. Talvez um dia...É pena que estas revistas especializadas muitas vezes não indiquem soluções válidas para preços comportáveis. Os luxos são muito bons mas muitas vezes inatingíveis.

Já agora, e só por curiosidade, alguém sabe o nome de um hotel novo de 5 estrelas que abriu na zona de Cascais? Estou aqui a puxar pela cabeça e não me recordo do nome...

P.

Já só falta a fita na cabeça

Uma das coisas positivas de se ter um blog é que este serve como histórico. É verdade que, se quiser saber o que é que tomei ao pequeno almoço do dia 20.12.2009 não consigo. E não consigo porque não tenho esse nível de detalhe. Mas também porque não tinha blog nessa altura. Mas há temas que, fazendo parte da nossa vida e pela sua relevância, são tratados com uma maior frequência. Se o blog é de cariz pessoal é natural que se fale deles.

O ténis é um deles. Fiz o exercício de verificar o primeiro post colocado sobre este tema. E constato que foi este. Com isto já lá vão 5 meses. Descontando as férias contabilizo 4 meses. E, se ao princípio, acertava no campo com uma pancada de direita, mas falhava com a esquerda e a fazer o vólei, hoje as diferenças são notórias. Acerto no campo com uma pancada de direita, mas falho com a esquerda e a fazer o vólei. Quais são as diferenças? É que atiro com mais força e com muito mais estilo. E faço aquele grito à Michelle Brito, mas sem o rabo de cavalo.

Foi e continua a ser uma excelente opção. E tenho a certeza absoluta que quando existir o João Pedro cá por casa, e quando tiver uma idadezinha para o colocar a fazer o desporto, este será um daqueles que irá experimentar. Já agora, e se me estás a ouvir, não escolhes equitação. Não temos dinheiro para sustentar cavalos, ok? Para isso já bastam os cavalos da carrinha. Porque o desporto faz bem e recomenda-se a nível físico e psicológico. Aumenta imenso a auto-estima, desenvolve a responsabilidade e o espírito de camaradagem. E porque é desde pequenino que deve ser fortemente incentivado!

P.

What´s up, doc?

Bugs Bunny é uma das minhas personagens favoritas. Diria que só provavelmente o Wild E Coyote é que fica acima deste senhor no ranking dos cartoons. Eu sei que é ridículo que um desenho animado passe a vida a cair nas armadilhas do Road Runner, mas os cartoons são mesmo assim. Vivem, alguns deles, do ridículo. E do inimaginável. E foi a figura do Bugs Bunny que me surgiu na mente na consulta de hoje. Não que a senhora da recepção fosse uma coelhinha. Nada disso. Lembrei-me por causa da expressão "What´s up, doc?".

O médico é um porreiro. É mais do que um médico. É alguém que nos dispõe sempre bem. Cómico. Atencioso e com tudo altamente documentado. Relativiza as queixas dos pacientes - não receita comprimidos ao quilo - e incentiva a prática do exercício físico que deve ser feito até ao final da nossa vida. Nem que isso implique, no limite, uma corrida até à ambulância. É exercício físico na mesma.

Aparentemente estou porreiro. Não fosse, perante o recibo, ter tirado 7 euros e achado que estava pago. Faltava um "0" à frente. E lembrei-me que tenho os óculos à minha espera. Até um próximo episódio, pois então.

P.

Empurrar com a barriga

Dizem que as resoluções devem ser tomadas no período de férias. Porque estamos mais descontraídos. Porque estamos menos compenetrados nos problemas do dia a dia. Porque pensamos melhor. E por isso o período de férias toma o lugar da passagem de ano neste capítulo. A maior parte das pessoas faz as suas próprias considerações enquanto agarra um copo de champanhe e tenta acompanhar o ritmo das baladas com a ingestão de passas e uvas. É literalmente de uma pessoa se passar porque é impossível acompanhar aquele ritmo! E por isso não é de estranhar que as resoluções não passem de pensamentos simples e ingénuos e não de algo profundo. Coisas tão singelas como: "Nunca pensei que a minha prima fosse tão jeitosa."

Decidi deixar de empurrar com a barriga temas pessoais. Aquilo que fica pendurado no tempo e que tem de ser mesmo feito. A minha memória não ajuda. Nestas coisas tenho memória de elefante e não consigo deixar de me lembrar que tenho isto ou aquilo para fazer. Por isso, se assim é, toca a eliminar os assuntos chatos da lista e ...passemos à prática! Até porque se deixar de empurrar com a barriga tenho quase quase a certeza que esta desaparece.

P.

Choro de criança

"Oh pai, não quero ir para a escola!"

"Mas tem que ser...vais brincar com os meninos!"

"Mas eu não quero!!!!"

São excertos do diálogo que ouvi hoje de manhã à entrada no comboio. A menina, com os seus 4 anos, ouvia música, carregava a sua mala do "Panda" e literalmente implorava para não ir para a escola. Porque de facto "brincar com os meninos" pode ser algo extremamente penalizador. Porque é que a generalidade das crianças chora ao ir para a escola? O verdadeiro "pesadelo" começa anos mais tarde. Com 4 anos supostamente devia ser um momento de diversão e aprendizagem.

P.

Piada bíblica

Desconfio que Deus deve ser um tipo sisudo. Temos de estar a sempre a "dar graças".

P.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E-books

Os livros no seu suporte tradicional - papel - têm uma carga histórica e emocional difícil de suplantar. Às assinaturas dos autores junta-se o desafio de percorrer as centenas de letras e linhas para acompanhar a história. Junta-se o cheiro da tinta preta ao papel branco enquanto desfolhamos (ah, grande Simone!) página a página do seu conteúdo. Mas o tempo não pára e existem hoje soluções mais económicas para a realização de uma leitura. Por isso aconselho o site mediabooks.com onde podem contar com mais e melhores soluções a nível digital. Se já existe o livro dos rissóis à venda? Não, ainda não. Alegadamente porque já dá para fazer dois volumes. Desculpas!

P.

Tascas & Tabernas

As tascas e as tabernas estão na moda.

Há muito tempo que o nome taberna deixou de estar conotado com um grupo de aspirantes a fadistas que motivados pelo consumo elevado de vinho cantavam a bom cantar aquilo que lhes vai na alma. Recordo, com saudade, os tempos áureos do café que existia no nosso prédio onde despontaram os mais variados nomes do Fado. Se cantavam em chinês? Não me recordo. Mas recordo-me perfeitamente que, em alturas de maior desespero, havia belos arremessos de baldes de água a partir de andares superiores para arrefecer os ânimos.

As tascas, por seu turno, também ganharam charme. Cresceram. Inovaram. E se existem aquelas que mantém as condições que as elevaram ao estrelato, nasceram outras que, por força da qualidade do espaço e da gastronomia, ganharam o seu próprio espaço. Em particular refiro-me à Tasca da Esquina. Fica mesmo numa esquina, o que por si só demonstra uma originalidade extrema no nome. A confecção é muito boa e os pratos são generosos. A conta também acompanha a generosidade. Vem numa pequena panela, que lamentavelmente não podemos levar para casa.

Vale a pena pelos pratos principais e pelos doces. E pelos petiscos? Sim, seguramente. Mas aqui o esquisitinho não quis arriscar e deixar tudo nas mãos do sr. chef. Numa próxima oportunidade faço as coisas como deve ser.

O único reparo vai para o facto de ser um espaço muito pequeno em que as pessoas estão literalmente ao colo uma das outras. Como chegámos cedo ainda havia lugares sentados o que quer dizer que se sentaram ao nosso colo. Sim, é verdade. E sim, teria sido uma óptima forma de não saber o que nos colocavam no prato. O menu degustação fica para uma próxima.

P.

Congratulations ou lá o que é!

Hoje provavelmente teremos rissóis e croquetes à mesa. Ao meu irmão, os meus sinceros parabéns e que contes muitos (rissóis, claro)! Não sei muito bem o que me leva todos os anos a comprar-te prenda depois de me teres feito perder, vezes sem conta, as corridas de carrinhos lá por casa. Digamos que ficar com os carros com três rodas nunca ajudou. Mas tudo bem. Não há ressentimentos.

Se quiseres, e para relembrar velhos tempos, deixo-te guiar a Scenic. Mas só até ao final da rua e em ponto morto. Senão tenho de voltar a meter gasolina.

Parabéns!!!!

P.

你好

Lembram-se do Fado que é destino? Pois bem, lá fomos. Completamente inocentes sobre a natureza do espetáculo. O local foi o Museu do Oriente, considerado o melhor museu de Lisboa. À entrada uma acção promocional da Buondi de muito bom gosto. Desconhecia que na China se fazia tão bom Buondi e até estranhei que não se mexesse o café com pauzinhos. Mas o café estava ótimo.

O espetáculo foi genial. Uma fusão entre duas culturas. A portuguesa representada pelo fado. E a chinesa representada pela loja dos 300. Uma maravilha. É mentira. Estava representada pela música chinesa. Havia um intercâmbio muito profundo entre as duas culturas sendo que nada nos podia preparar para o início do espetáculo. Uma voz estridente, mas altamente afinada, a cantar na sua língua materna. O chinês. Eu não estava preparado e por isso, durante as duas primeiras músicas, ri a bom rir. Estávamos na penúltima fila e à nossa frente não registava um único sorriso. Um riso. Uma lágrima. Nada. Tudo altamente focado na voz da Gong Linna (o nome da senhora chinesa) ao passo que eu tentava pensar noutras coisas. Mas sem grande sucesso. Tenho a certeza que, quem estivesse atrás de mim, via perfeitamente que me estava a rir de forma descontrolada. Mas a rir em chinês. E isso não é para qualquer um.

No final uma vez mais ficou demonstrada a fusão entre as duas culturas. O arroz de pato juntou-se ao pato à pequim e, para gáudio dos presentes, abriram-se as portas que levaram até à ceia. Uma enorme e suculenta refeição para todos aqueles que devidamente preparados tinham trazido os seus tupperwares de casa.

Valeu imenso a pena! Parabéns ao Museu do Oriente e à genialidade do concerto. Queria também dizer que os crepes não estavam maus de todos. Mas para a próxima ponham os pauzinhos para mexer o café. Tá bom?

Nota: 你好 significa Olá em Chinês.

Nota 2: Tentei escrever este texto ao abrigo (porque estou debaixo de alguma coisa, claro) do novo Acordo Ortográfico. Será que consegui?

P.

Coitado!

De mim, claro! Metro às 09h00. O comboio trava para parar em mais uma estação e, ao longe, vejo uma cabeça enrolada. Penso: "Eh pá, ganda cabeçada!". O comboio vagarosamente chega ao seu destino. As portas abrem-se. E eu percebo que se trata de uma pessoa com um chapéu islâmico. Mas era totalmente branco! Daí ter sido enganado.

P.

domingo, 19 de setembro de 2010

Análises e mais análises

Muitas análises se fazem a um jogo de futebol antes de o mesmo acontecer. Já que estamos numa de palpites, aposto no 1-1. A ver vamos. Com um golo do Postiga.

P.

Queimadinhas, queimadinhas

Acabámos de esturricar as pipocas desta tarde. Maravilhoso. Huuuuuum, que cheirinho!

P.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tem horas que me diga?

Tenho, sim senhor. É fim-de-semana. Aproveitem!

E comam iogurtes gregos. É de uma pessoa se ver grega para deixar de comer!

P.

Come a papa, come a papa

Tenho tantas saudades de papas. E não é do Papa. Isso é outra coisa. São papas de sarrabulho. É um prato típico da zona do Minho. É consistente mas mega saboroso! Esta é mais uma razão pela qual eu gosto tanto do Norte. Porque se come muito bem! Lá as doses são doses e não meias doses, mini doses, uma espécie de dose, uma dose que nem se vê ou uma dosezinha.

P.

Queimar as pestanas

Este foi um ano recorde em termos de admissão de novos alunos ao ensino superior. Cerca de 88% dos alunos que se candidataram na primeira fase tiveram colocação. E isso é excelente. Existe também uma grande percentagem de pessoas que já fazem pós-graduações e mestrados. É um sinal claro de evolução e de um maior interesse do público em geral por um maior grau de formação académica com correspondente impacto na vida profissional.

Mas há aqui dois pontos que me conferem algumas dúvidas: o primeiro está relacionado com o montante necessário para fazer uma pós-graduação ou um mestrado. Sempre que pesquiso por novos cursos que sejam do meu interesse constato que é tudo caríssimo! O comum dos mortais não tem capacidade financeira - a menos que abdique de tudo e mais alguma coisa - para fazer um investimento de milhares de euros em pós-graduação ou mestrado. Não dá. Não chega. O segundo é que desconfio muito que exista uma correspondência clara entre maior formação e valorização por parte da empresa.

Por isso só mesmo por um verdadeiro achado que irei queimar novamente as pestanas. E porque geralmente associava o estudo a lanches e lanches consecutivos. Por isso já pode valer a pena. Se houver torta de laranja, então acho que não resisto.

P.

Marginal sem Carros 2010

Este Domingo a Câmara Municipal Oeiras organiza o evento Marginal sem Carros 2010. Esta é uma iniciativa conjunta entre a Câmara de Oeiras e um conjunto de marginais. As pessoas não levam o carro e torna-se muito mais simples fugir com as carteiras roubadas. Não é genial? Tudo se vai desenrolar entre as 10h00 e as 13h00 do próximo dia 19 sendo que o trânsito vai estar encerrado entre Caxias e a Praia da Torre. Aproveitem!

P.

Ah, boca linda!

Hoje é noite de Fado. E eu acho que vou gostar. Sempre quis passar uma noite a ouvir Fados para poder dizer, com propriedade, a célebre expressão "Ah, fadista!". E vai ser hoje. Já temos também cartazes para que possamos dar um outro colorido à noite. São os mesmos que usámos para apoiar Figueira da Foz nos "Jogos Sem Fronteiras" mas em vez de dizer "Força Figueira da Foz" riscámos a "Figueira" e trocámos pelo nome de uma das artistas. Há que reutilizar em nome do ambiente. Só ainda não arranjámos alternativa para o Eládio Climaco. Mas pode ser que se arranje qualquer coisa.

O problema é que é sexta-feira. E tipicamente não aguento muito tempo acordado ao final da noite. Por isso, se por alguma razão, se notar alguma desafinação na música não pensem que pode ser da guitarra portuguesa. Vejam se não existe alguém na sala a roncar. É que a diferença entre um "dó" de uma guitarra e uma pessoa que mete "dó" pode ser mínima em certos casos. E este é um deles.

P.

Copiona



Onde será que já ouvimos isto? Palpita-me que vão existir cartazes a dizer "Copiona" quando a Shakira vier a Portugal. Já estou mesmo a ver que no julgamento do caso vá dizer que queria dizer "Vaca, vaca". E isso faz toda a diferença.

P.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Horizontes

Admito, porque nunca tive essa experiência, que quem trabalha em multinacionais tem a enorme possibilidade de viver num ambiente em que o pensamento tem de ser mais alargado. Porque vive sob a influência de uma empresa que pensa de modo global. Acho que deve ser interessante poder partilhar, viver, usufruir das experiências conjuntas com profissionais que desempenham as mesmas funções que nós em outros países. A isso adicionam-se todos os cursos realizados e que seguramente são uma enorme mais valia para os trabalhadores. O modo de pensar global e o leque infinito de experiências que se podem ter a partir de uma posição relevante nestas empresas é algo que me cativa. É um passo, que um dia, irei seguramente conseguir cumprir.

P.

Opel Meriva - Gare do Oriente


Muito bem pensado.

P.

Não tem Tonicha, não?

Regressam as viagens de comboio. E, na minha perspectiva, é um luxo poder ter este meio de transporte quase à porta de casa. Obviamente que gostaria muitoooooooooooooooo mais de ir de carro para o trabalho e que, nas raras vezes em que o faço, me sinto melhor especialmente se passar pela marginal. Mas é por pouco tempo. Porque o trânsito é caótico - de manhã consigo evitá-lo arrancando muito cedo enquanto o povo dorme - e porque as despesas de estacionamento são um atentado à carteira. E por isso, diz a razão, que devemos usar aquilo que temos mais à mão. E é isso que faço com regularidade.

Do que não gosto mesmo é quando me vejo obrigado a ter que ouvir a música que as pessoas estão a ouvir em tom bastante alto nos telemóveis. Mas porque é que eu tenho de ouvir aquilo? Gostava de ter a coragem suficiente para chegar ao pé dessas pessoas e dizer "Não pode pôr antes o Zumba na Caneca da Tonicha?". Mas não consigo. Por isso vou tentar convencer-me - não será difícil - a levar o Ipod comigo. Assim que o encontrar.

P.

Ataque ao Santa Maria

Trata-se de um filme português. E que conta com a lindíssima Leonor Seixas. É um filme histórico e que, pelo que pude ver, poderá valer a pena despender o nosso tempo. É curioso perceber que uma simples pesquisa no google por "Ataque ao Santa Maria" remete para temas tão vastos "como usar a aspirina no ataque cardíaco". É esta a maravilha das palavras. Ter vários significados. Por isso é mais do que natural que quem vá ver o filme também seja possuidor de um curso rápido de pronto socorro. Isto para o caso de uma ou várias pipocas ficarem presas na garganta. A ver, seguramente. Estreia ainda este mês.

P.

Setembro

Setembro. É um dos meus meses preferidos a par de Junho. Isto mesmo considerando que é neste mês que se sente que os dias ficam mais curtos e que temos o regresso às aulas. Neste momento já corremos em Setembro enquanto é dia para terminarmos já sob a luz dos candeeiros que iluminam o nosso caminho. A condição física? Péssima. Nunca fizemos um tempo tão mau mas devagar se chega ao longe. É preciso persistência, só isso.

Já o regresso às aulas traz a loucura das filas enormes no supermercado. Dos pais que se vêm "forçados" a adquirir toneladas e toneladas de material para as diferentes disciplinas. Não me recordo muito, muito bem mas acho que nunca fui demasiado exigente até porque o normal era perder logo as coisas que tinham sido compradas. Assim, perder por perder, porque não se perde algo de baixo valor? Mas estes são os pontos menos positivos do mês - ao qual se junta o trânsito. O positivo é que é um mês de continuidade de férias e mais fresco. Não se sai dos edifícios com a sensação de que nem se consegue respirar. Anda-se na rua com outra leveza. E isso é maravilhoso.

PS. Desta vez não faço qualquer texto envolvendo bandas musicais. Fica para outra oportunidade. As Doce continuam separadas e há aqui uma certa dose de mágoa. É um doce amargo...:)

P.

Lagostos

Vai ser Dra. Deixei de ter qualquer espécie de dúvida nesta matéria. A minha sobrinha mais nova - Li - dá cada vez mais sinais de que o mundo animal é o reino dela. Mas um bocadinho alterado. Quase não se nota. Depois das binhocas, essas marotas, descobriu agora que as osgas, que também são marotas, na realidade se chamam lagostos! Vejamos: esta indicação foi dada em pleno mês de Agosto. Talvez daí ter nascido o nome. E admito que o animal em causa deve ter um nome científico. Qualquer coisa como Osgaty metenojum. Não é muito mais simples chamar-lhe Lagosto? Claro que sim!

Queria, para os clientes futuros da clínica, deixar aqui uma nota. Podem levar todo o tipo de animais (sim, sim, também os maridos nos casos em que se aplique) mas nunca levem leões. A Li diz que é alérgica. É da juba, com toda a certeza. Aquilo é coisa em que se entranha o pó e dá uma alergia desgraçada. Por isso se alguém ligar para lá e disser "Oh Dra, mas o meu Leoni Manuel está com uma dor de dentes desgraçada", o mais certo é não ter vaga no consultório. Nessas datas daremos sempre a "desculpa" que estará cheio que soará mais ou menos assim "Desculpe, mas temos a sala cheia. Há um elefante que está constipado e tem o nariz entupido. Está ver o tamanho do problema, certo? Pois!".

É agora delicioso pedir para falar ao telefone com a Dona Binhoca e surgir, do outro lado, aquela voz meiga e marota de uma menina que nos enche os olhos de alegria. E quando formos novamente ao zoo esta menina vem connosco. Vamos meter binhocas no nariz do elefante.

P.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Obrigado

Por tudo. Por me ajudares a levantar nos momentos em que estou menos bem. Por partilharmos alegrias e multiplicarmos a Felicidade. Por contribuíres para que cada novo dia seja um dia novo. Sempre cheio de algo diferente. Pela tua serenidade e honestidade. Pela tua transparência. Pelo teu bom humor e por ainda te rires das minhas piadas (se não é Amor, não sei o que será). Pela tua inteligência e perspicácia. Por trocares os nomes de tudo e de todos e mesmo assim perceber sempre o teu discurso. Por seres tão forte, determinada e capaz. Estar contigo e poder, dia após dia, beneficiar de tudo isto é uma dádiva. É a pessoa certa no lugar certo. Love u.

P.

Não é plágio

Tendemos a usar as expressões de quem gostamos como sendo nossas. Não é plágio. É apenas uma forma de dizer que gostamos dessas pessoas.

P.

Piadinha musical

Qual é o artista que nunca toca nas festas da cidade? É o Martinho da Vila.

P.

Pós-férias

Terceiro dia pós-férias. E continua a ser difícil. É uma coisa que se entranha e não sai por nada. E dou por a mim consultar os meus rascunhos para ver os possíveis temas que poderia abordar aqui. E uma parte significativa dos mesmos sugerem férias. Desde as pessoas que usam havaianas e que não as sabendo usar parecem o Pato Donald a andar até um outro título que tenho em carteira e que se chama "São rabos senhor, são rabos!".

A passagem para o modo on é muito complicada porque deixamos ficar para trás todos aqueles bons momentos que acabaram de ser usufruídos há tão pouco tempo. A realidade muda num instante e isso gera desconforto. Ainda há pouco tempo ouvia o comentário na praia das pessoas a enaltecerem a nossa capacidade de enfrentar as ondas. Diziam "Ah, valente!!". Só depois percebi que jogavam às cartas e afinal era "Ah, valete!". Mas ainda assim...bolas...se o meu relógio marca sistematicamente a mesma hora (não tem pilha) porque é que o tempo não pôde parar há meia dúzia de dias atrás? Era pedir muito?

P.

Dias cinzentos

Em linha com o estado de espírito. Está certo.

P.

Leituras à bruta!

Não me lembro de, em tão pouco tempo, ter devorado tantas páginas. Ajudou muito o facto de não haver a possibilidade de comprar jornais e revistas portuguesas. É impressionante como estando tão perto do nosso país estamos ao mesmo tempo tão longe destes detalhes do dia a dia que temos como garantidos. Por isso agarrei-me aos livros. Com unhas e dentes. Parti alguns dentes com este exercício, o que desde já se lamenta.

Dos três que li aquele que mais gostei foi mesmo este. Este livro é super cómico. A história é de tal forma apelativa que nos tenta a cada minuto em ler mais um bocadinho para acompanharmos o percurso que está a ser feito pelas personagens. Aconselho MESMO! Ri-me às gargalhadas em algumas passagens. Já o livro "Nenhum Olhar" do José Luis Peixoto não me encantou. Não tive qualquer tipo de envolvência com as personagens, com a história e achei a escrita muito rebuscada. As últimas 60 páginas foram lidas em diagonal. Next!

P.

É que é burro!

Deu para ver que o blog publicou ontem - dia 14 de Setembro de 2010 - uma mensagem que tinha colocado para hoje? $#$%&"$%#! Irra!

P.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Caça à multa!

Consta que a Brigada de transito é muito boa neste tipo de desporto, o de caça à multa. Não é preciso nenhuma espingarda especial, por norma basta ter uma raquete de ping-pong vermelha com a palavra STOP escrita!

Após aparcar a viatura esperamos ouvir coisas do género "você sabe a velocidade a que circulava", ou então "você viu a manobra que realizou no cruzamento ali atrás", o que ninguém esta à espera é que lhe digam "você sabe que vem em excesso de peso"!

Pois bem foi o que aconteceu a este indivíduo!


PS: Mostrando a dinâmica do mundo dos fritos, este post foi escrito por Spaceman Spiff.

Faço ou não faço?

O curso de escrita criativa foi lançado pelas Produções Fictícias e tem início no final do mês de Setembro. O entusiasmo existe até porque pode ser uma oportunidade para testar até que ponto é que poderei ter algum tipo de jeito para a escrita nestes moldes e fazer alguma coisa de útil (leia-se com possibilidade de me garantir sustento) com as palavras. Mas a minha dúvida é mesmo esta. Normalmente tento incutir algum sentido prático ao que faço. Se faço é com um determinado objectivo e, neste caso, não estou a conseguir ver mais além. Sim, ainda não tratei dos óculos. Mas não é isso. É tentar perceber de que forma é que irei usar aquilo que o curso tiver para dar ao aluno. Eu adoro escrever o blog. Mas isso, por si só, não é motivo suficiente para investir centenas de euros nesta brincadeira. Tenho que pensar nisto.

P.

Eram dois da Rabadilha, sff!

Ontem decorreram os MTV Video Music Awards. Uma espécie de festival da canção mas com mais público e artistas mais conhecidos. É verdade que não tinha a Dina a cantar com o seu famoso "Peguei, trinquei e meti-te na cesta" mas também não se pode ter tudo em Los Angeles. Foi lá que os prémios foram entregues. E em grande destaque esteve Lady Gaga. É pessoa para deixar em elevado estado de gaguez muitos daqueles que ouvem falar dela. Neste caso decidiu levar um vestido feito de carne de vaca. A polémica é grande neste momento nos EUA. O caso da mesquita em NY já foi ultrapassado - vão antes fazer um supermercado - e neste momento a comunidade já se divide entre os pró-vaca e os contra-vaca. Afinal se há a pró-rata porque não uma pró-vaca, mugiram as vacas. Também se vislumbram ao longe cartazes que dizem "És uma vaca!". Oh Gaga, estavas à espera do quê?

Alegadamente, e segundo a própria, "se nós não defendermos aquilo em que acreditamos e se não lutarmos pelos nossos direitos, muito em breve vamos ter tantos direitos quanto a carne de nossos ossos". Hãããããããããããã? A cantora diz que esteve confortável e que foram momentos bem passados (como os bifes). Inacreditável. Podem ver aqui.

P.

Não foi muito Smart

Estou cada vez menos adepto dos pacotes "Vida é Bela" e "Smartbox". Junto as duas empresas porque me parecem ter rigorosamente o mesmo comportamento. Qual é o problema afinal? O problema é que nas caixas parece tudo muito bonito. As fotografias bem enquadradas. Com luz natural. Com raparigas jeitosas de biquini. Mas depois na realidade verificamos que afinal as raparigas não são jeitosas nem sequer biquini. No limite há situações em que não existem sequer raparigas junto à piscina! Vendem sonhos e as pessoas compram ilusões. Porque a realidade é mesmo muito distinta daquilo que se pensa estar a comprar.

Dá a ideia (ou será certeza?) que os responsáveis destas empresas nem sequer visitam os locais. Senão não recomendariam as passagens por determinados hotéis rurais, pousadas e outros que tais (dos quais dou o exemplo das tabernas) porque têm um péssimo serviço quer ao nível do pessoal quer ao nível das instalações (muitas vezes com cadeiras e mesas partidas).

Por isso não nos apanham mais a usufruir destes pacotes. Verdade seja dita que também é responsabilidade dos gerentes dos espaços cuidarem daquilo que oferecem aos seus clientes. E muitas vezes não o fazem. Isto em locais que são vulgarmente apelidados como ficando em "cascos de rolha". Ora se os espaços não são cuidados, nem de burro (para usar aqui a questão dos cascos) as pessoas lá vão e as zonas ficam cada vez mais isoladas.

P.

Oh Xotôr!

Se há coisa que me faz imensa confusão é a aplicação constante dos chavões "Doutor", "Engenheiro" e afins. Especialmente os afins. Não posso com eles. Pessoas que assinam usando a designação Dr. ou Eng. fazem-me sempre pensar que são indivíduos umbiguistas e que necessitam, o quanto antes, de uma elevada dose de humildade. O mesmo se passa para as conversas formais onde as referidas designações são usadas de forma constante. "O Xotôr hoje traz uma camisa altamente gay!"; "Oh Xotôr, não diga isso. O Xotôr é que usa um polo que é um amor!". A formalidade não ajuda em praticamente nada e, muitas vezes, é tão ridícula que a sensação que me dá é que serve única e exclusivamente para esconder alguma da incompetência dessas mesmas pessoas.

P.

TAP(aram) a promoção?

Ontem reparei que a TAP vai lançar uma nova campanha de descontos em viagens para a Europa. São 22 destinos com dois preços - 49 e 59 euros. Mas só vi a campanha numa máquina MB e as letras eram de tal forma pequenas que não se conseguia ver o detalhe da promoção, ou seja, as datas de subscrição e usufruto da campanha. A páginas tantas já recebia ordens como "Retire o seu cartão, oh badameco!". Por isso, e para aqueles que adorem viajar, estejam atentos ao site da TAP porque vão existir novidades.

P.

Fazer amigos entre os animais

Lisboa recebe, pela quarta vez, a Lisboa Restaurant Week. Arranca no próximo dia 22 de Setembro e tem o seu terminus (gosto destes termos) a 02 de Outubro. Para aqueles menos familiarizados com o conceito, esta é a oportunidade dourada (podia também ser carapau, mas não é tão gourmet) para poder visitar os reputados locais gastronómicos da cidade e, que por norma, apresentam preços proibitivos.

É verdade que a ervilha que é servida habitualmente neste tipo de restaurantes está sempre no centro do prato e bastante bem decorada com folhas soltas de alface e uma ou outra rodela de cenoura a equilibrar-se na ervilha, mas ainda assim é bastante caro. Por isso, e por "apenas" 20 euros podemos ter agora acesso a espaços como o Eleven, Gemelli, Kais, entre outros. Este ano a iniciativa distribui donativos ao Jardim Zoológico de Lisboa, no âmbito do Ano Internacional da Biodiversidade. Se podemos levar os animais connosco? Não. Não é permitido.

O site ainda não está devidamente actualizado mas podem vê-lo aqui.

P.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mais um bocadinho de bacalhau

Os Deolinda voltam a estar próximos de nós. Escusam de espreitar debaixo das secretárias. Também não é assim tãooooooooo perto, ok? Vão estar no próximo dia 18 (Sábado) às 22h na Amadora no Parque Central. Consta que terão ficado algo decepcionados pelo facto de os termos trocado pelas slot machines no Casino do Estoril e por isso querem voltar a ver-nos. Os bilhetes para ver são os Deolinda são a custo zero. Para nos verem a nós, são 15 euros.

P.

Quando siesta é todos os dias

Islantilla é um local que tem poucos encantos. Não se pode dizer que uma "Mercadona" ou mesmo um "El Jamon" sejam espaços de diversão pura e não há mesmo muito para ver naquele local. A praia tem uma areia de tom escurecido ao qual se juntam inúmeras conchas. Salva-se a temperatura da água que é excelente!

Felizmente, e foi esse o objectivo, é um bom espaço para descansar porque goza de óptimos hóteis e de um ambiente supertranquilo não fosse este o país onde o povo dorme a siesta. Em Islantilla a siesta é um horário indefinido em que os espanhóis encerram os espaços comerciais para poderem descansar. Em cada loja há uma espécie de um cartão que se usa nos hóteis a dizer "No molestar". Isto mesmo considerando que é supostamente um local turístico. Na hora da siesta não existe praticamente nada aberto.

Este local goza de boas condições para a prática desportiva dos quais são o exemplo o golfe e o padel. Eu desconhecia o padel. É uma espécie de squash jogado com uma bola de ténis sendo que as paredes do campo - em vidro - servem para recolocar a bola em jogo. É muito mais dinâmico do que o ténis e, apesar de não ter jogado, fiquei com curiosidade para fazê-lo por cá. É questão de descobrir o local para esse efeito.

Já no que respeita ao golfe achei excessivamente caro pedirem 81,00€ para uma aula. E por isso mantenho, face a este desporto, o mesmo grau de conhecimento que tenho para com a agricultura. Nunca andei de buggie nem de tractor agrícola. Nunca dei qualquer pancada numa bola à semelhança de nunca ter participado em qualquer cultivo. A seu tempo seguramente irei fazer uma das duas coisas ou, no limite, irei andar de tractor agrícola enquanto tento fazer um birdie no buraco 16.

P.

Uma espécie de trespasse

Preciso da vossa ajuda. Sabem se posso colocar um papel na minha carrinha a dizer "Vende-se" ou se tenho de adoptar uma outra forma camuflada de dizer o mesmo? É que se assim for tenho de inventar qualquer coisa. Ora deixa lá ver...

"Cede-se em troca de quantidade avultada de dinheiro."

"Uma espécie de trespasse."

"É linda e pode ser sua!"

"Boa como o milho. Dê uma bicada por apenas x euros."

"Não faça cenas. Compre a Scenic!"

Digo isto porque habitualmente vejo a palavra "Trato" e raramente vi "Venda" ou "Vende-se". Deve existir alguma implicação legal.

P.

Chlop, Chlop, Chlop II

Ora então o que é que vai ser hoje o pequeno-almoço? Foi esta a pergunta que muitos dos hóspedes do hotel Islantilla Golf Resort faziam a si mesmos perante cada dia em que chegavam à sala de refeições. O ritual era fácil. À entrada tínhamos de dar o nosso número de quarto. Não por raras vezes fui bem sucedido quando disse "Riés do Chião B". A senhora não se atrevia a perguntar-me novamente para não duvidar do espanhol perfeito e por isso foi sempre com enorme facilidade que passámos para a sala de refeições.

Mas esta questão da refeição estar previamente paga levanta, sobre alguns indivíduos, uma noção de poder excessiva. Regra geral não se pode usar o verbo "comer". É facilmente substituído por "devorar". Se for possível levar para a mesa uma quantidade elevada de pratos e se estes tiverem bacon, salsichas, feijão, ovos, crepes e um bocadinho de entrecosto com migas então há pessoas muito muito satisfeitas. Eu fico mal disposto só de ver o que certas pessoas comem, quanto mais comer o mesmo que elas! Como mais do que normalmente faço em casa mas estou longe de atingir aquele estado supremo de pensar que estou no "Tromba Rija" quando afinal tudo não passa de um pequeno-almoço avantajado. E não é por isso que fico de Trombas. Ainda que seja um indivíduo rijo. É do desporto.

Ah...achei muito estranho mas os empregados tinham o Cola Cao nos bolsos. Sempre que alguém queria Cola Cao tinha de pedir aos empregados e estes, qual Luís de Matos - parabéns pelo prémio de melhor mágico da década - faziam desaparecer tudo aquilo que transportavam naquele momento e faziam aparecer as saquetas de Cola Cao. Eu ainda tentei pedir "Chispe" mas o efeito não foi o mesmo. Alegadamente não há chispe em saquetas.

P.

Chlop, Chlop, Chlop

Foi num destes dias que concretizámos o sonho de andar de helicóptero. Aquilo que inicialmente estava programado para ser uma passagem rasante ao longo de todo o Rio Tejo acabou por sofrer um pequeno desvio e fizemos o voo sobrevoando aquele pedaço de maravilha natural que é o troço Loures-Caneças. Há coisa mais bonita do que este troço? Não é por causa da Floresta Laurissilva ter ganho um prémio de beleza natural que pode pensar que é mais do que Loures ou Caneças. Afinal de contas qual é a localidade que tem rigorosamente o mesmo nome que uma figura do Jet Set nacional? Caneças! É evidente. Logo é relevante!

Estávamos perfeitamente cientes desta mudança de local mas como a vontade em voar era grande decidimos arriscar. À chegada vimos o "bicho". Estavam dois pastores alemães de guarda ao local. Os bichos, portanto. Mas também vimos um bicho com asas. Uma coisa mais mecânica e na qual iríamos usufruir da experiência. Pensava que iria ser algo maior, mas no fundo um helicóptero não é mais do que uma cabine com duas espécies de colheres gigantes dos gelados "Epá" no topo. Não é por acaso que, quando a máquina descola, as pessoas dizem "Epáááááááááááááááááá". É por isto.

O voo durou apenas 8 minutos. Conforme tinha sido estabelecido. E por isso passou literalmente a voar. Andámos de frente, de trás, de lado e fizemos loops. Não fomos nós que o fizemos mas sim o helicóptero. Ok, não fizemos loops mas sentimos na pele a adrenalina daquele curto momento. De uma nova experiência partilhada com um piloto experiente e super divertido. Segundo ele íamos simplesmente procurar ver as raparigas a tomar banho nas piscinas. E a verdade é que encontrámos as marotas. Depois de concluída esta experiência gostava agora de andar de mota de água. Por acaso não há por ali alguém que tenha uma mota na dispensa (ou assim algo do género) e que me possa dispensar, não?

Ah, supostamente as hélices fazem um barulho semelhante a "Chlop, Chlop, Chlop". Aqueles que pensavam que iria escrever sobre lutas na lama, lamento ter induzido em erro.

P.

domingo, 12 de setembro de 2010

É preciso ter calo!

A embalagem diz claramente que se trata de um exfoliante facial diário. E as instruções de utilização não podiam ser mais simples, senão vejamos: aplicar sobre o rosto molhado e massajar delicadamente até fazer espuma. Remover com água abundante.

Apliquei, pensava eu, o referido creme na cara. Mas não fazia espuma. E foi aí que percebi que estava a colocar um creme da Neutrogena para pés secos! Portanto calos na testa não tenho e nunca na vida terei depois desta façanha.

A única semelhança entre as embalagens é o formato porque de resto são completamente distintas. Se isto não é razão suficiente para a entidade patronal considerar que eu não estou dotado de todas as minhas faculdades e me propor a reforma, então o que é que é preciso fazer?

P.

Regresso do Criador!

Au! Isto dói! E não é pouco. Estamos de regresso. E a avaliar pelo número de malas parece que estivemos três meses no Sudão. Eu não tenho neste momento presente qual é o estado climatérico do Sudão mas, seja ele qual for, nós estamos perfeitamente preparados. Temos desde cachecóis a biquinis. Neste último caso para mulher e para homem. E tudo a bom preço. Não vá haver uma feira de oportunidades no Sudão e sempre fazemos negócio. Estes últimos 15 dias - 15 dias...já voaram - foram excelentes!

Passámos por Vilamoura, Islantilla (Sul de Espanha) e Alcoutim (algures no Sudão) até voltarmos à Terra Natal, mesmo considerando que estamos em Setembro. Isto há coisas curiosas. Olho para o calendário e vejo que estou no dia 12 de Setembro e que este mês é o segundo post que publico. Isto diz tudo. Diz claramente que a minha atenção esteve voltada para o essencial neste período. As férias! Agora, e olhando para o futuro mais próximo, só me lamento porque tenho um mísero dia de férias perdido no mapa até ao final do ano. E isto deprime-me...

A razão do título está também relacionada com a minha tentativa mal sucedida de andar sobre a água sem ir ao fundo. Foi um flop. No caso foi mais "splash!!!". Foi este o som deste corpinho a afundar-se na piscina nessa tentativa inglória de cruzar 10 metros em cima da água para chegar ao chuveiro que estava do lado contrário. Fui claramente influenciado por uma passagem do livro "Cordeiro - o Evangelho segundo Biff, um amigo de infância de Jesus Cristo". O livro é genial mas deixo espaço para esse tema em novo texto pensado para este mês. Está nos rascunhos do meu telemóvel como um tema a abordar. Isto agora já há método. Um método muito fraquinho. Mas há.

PS. Obrigado pelas vossas contínuas visitas a este espaço mesmo sem qualquer tipo de publicação. Deixa-me muito sensibilizado!

P.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cruza para golo? Não, que eu não deixo!

Fruto de uma noite animada tenho 4 horas de sono em cima. Sim, sim, porque esta pancada de acordar antes das galinhas mantém-se e ao que parece é mesmo para ficar. Não sai. Já esfreguei e não me sai do corpo. Não há nada a fazer. Poupa-se em despertadores e ganha-se imenso na arte de acordar os outros. Com jeitinho porque admito que o acto de acordar pode ser penoso. Mesmo quando a motivação é grande e se constrói com uma palavra começada por "p" e terminada em "a" e encaixa na perfeição na frase "Está na hora de tratar da p....a". Acho que sabem do que estou a falar, certo? Panela, pois está claro! Afinal tem que se começar a pensar no almoço, não?

Queria deixar aqui duas mensagens. A primeira das quais aos olheiros do Benfica. Ontem testemunhei um tremendo voo de uma senhora na praia. E reparem como a palavra voo se aplica tão bem ao clube que tem uma águia. A senhora lutou contra o mau tempo registado dado que estava imenso vento e agarrou uma bola com unhas e dentes. Não lhe vi os dentes mas vislumbrei as unhas e pude constatar que estavam agarradinhas à bola. Como lapas. Por ali não passava mesmo nada. Nem o senhor das boliberlim que, aproveitando a força do vento, conseguia projectar a voz dele a uns bons 2 km. Se tentasse passar por ela estou certo que ela também o defendia.

A senhora foi segura na intervenção mesmo sem recursos a luvas (não é coisa que se leve para a praia). Não hesitou. A bola aproximou-se pelo chão aos rebolões e num piscar de olhos (no caso fui eu que lhe pisquei o olho) atirou-se a ela e agarrou-a. Dali não se mexeu mais! Pronto, se calhar ainda mexeu um bocadinho porque a bola em causa era o jornal com esse nome. Que esvoaçava por todos os lados e não é fácil organizar as 48 páginas de escrita com tamanha ventania. Mas temos ali ameaça à titularidade do Roberto. À atenção de Jesus!

A segunda mensagem serve apenas e só para vos desejar um óptimo fim-de-semana. Aproveitem ao máximo! Vou só ali acordar a Doce X e aproveitar também o dia.

Beijinhos e abraços à comunidade rissólica!:)

P.