segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Chlop, Chlop, Chlop II

Ora então o que é que vai ser hoje o pequeno-almoço? Foi esta a pergunta que muitos dos hóspedes do hotel Islantilla Golf Resort faziam a si mesmos perante cada dia em que chegavam à sala de refeições. O ritual era fácil. À entrada tínhamos de dar o nosso número de quarto. Não por raras vezes fui bem sucedido quando disse "Riés do Chião B". A senhora não se atrevia a perguntar-me novamente para não duvidar do espanhol perfeito e por isso foi sempre com enorme facilidade que passámos para a sala de refeições.

Mas esta questão da refeição estar previamente paga levanta, sobre alguns indivíduos, uma noção de poder excessiva. Regra geral não se pode usar o verbo "comer". É facilmente substituído por "devorar". Se for possível levar para a mesa uma quantidade elevada de pratos e se estes tiverem bacon, salsichas, feijão, ovos, crepes e um bocadinho de entrecosto com migas então há pessoas muito muito satisfeitas. Eu fico mal disposto só de ver o que certas pessoas comem, quanto mais comer o mesmo que elas! Como mais do que normalmente faço em casa mas estou longe de atingir aquele estado supremo de pensar que estou no "Tromba Rija" quando afinal tudo não passa de um pequeno-almoço avantajado. E não é por isso que fico de Trombas. Ainda que seja um indivíduo rijo. É do desporto.

Ah...achei muito estranho mas os empregados tinham o Cola Cao nos bolsos. Sempre que alguém queria Cola Cao tinha de pedir aos empregados e estes, qual Luís de Matos - parabéns pelo prémio de melhor mágico da década - faziam desaparecer tudo aquilo que transportavam naquele momento e faziam aparecer as saquetas de Cola Cao. Eu ainda tentei pedir "Chispe" mas o efeito não foi o mesmo. Alegadamente não há chispe em saquetas.

P.

3 comentários:

Spaceman Spiff disse...

Do Cola-Cao não conhecia mas esta já sabia:

"Na semana fui com alguns amigos a um novo restaurante.

Percebemos que o empregado que anotava nossos pedidos trazia uma colher
no bolso de sua camisa, o que era meio estranho.

Quando um outro empregado nos trouxe água e talheres, percebi que ele
também tinha uma colher no bolso da camisa.

Olhei em redor e vi que todos os funcionários do restaurante tinham colheres
nos bolsos das camisas.

Quando nosso empregado chegou para nos servir o primeiro prato, perguntei-
-lhe:

- Porquê a colher no bolso?

Bem, ele disse que os proprietários do restaurante chamaram a consultora
XXX para tornar todos os procedimentos do restaurante mais eficientes.

Após vários meses de análises concluíram que a colher é o talher que mais
cai ao chão.
Isso significa uma frequência de aproximadamente 3 colheres por mesa por
hora.

Com o pessoal melhor preparado, é possível reduzir o número de viagens à
cozinha para buscar colheres limpas, e isso significa uma redução em 15
homens-hora por turno.

Por coincidência, deixei cair a minha colher e ele pôde substituí-la de imediato
com a sua colher sobressalente.

- Irei buscar uma nova colher na próxima vez que for à cozinha, ao invés de
ir especialmente até lá para essa tarefa. - disse ele.

Fiquei muito bem impressionado.

Aí, reparei que havia um cordel pendurado na braguilha das calças do
empregado. Olhei em volta, e vi que todos os empregados tinham um cordel
similar pendurado nas braguilhas.

Antes que o empregado se afastasse da nossa mesa, perguntei-lhe:

- Desculpe-me, mas pode me explicar porque tem você um cordel pendurado
na braguilha?

- Certamente. - ele respondeu.

Aí ele baixou a voz e disse:

- Nem toda a gente repara nisso. A empresa de consultoria, que mencionei,
também descobriu que podemos ganhar tempo no WC.

- Amarrando esse cordel onde está a imaginar... podemos puxá-lo sem
pegar "nisso" com as mãos, e isso elimina a necessidade de lavar as mãos, reduzindo o tempo gasto no lavatório em 76.39%.

- E como é que você guarda o "dito cujo", após "usá-lo"? - perguntei
ingenuamente.

- Bem - ele sussurrou - eu não sei como os meus colegas fazem, mas eu uso a colher..."

Anónimo disse...

que sorte o sr nao te responder
olhe "chispe mas é daqui"
;)

m.

Madrecita disse...

Eu sabia esta história, só que em vez de se referir uma colher, era a pinça dos bolos (que para o caso acho que dava mais jeito:) ).
E realmente a forma como era "distribuído" o Cola Cao era de todo inédita. Já estive em muitos hotéis mas nunca tinha visto nada igual...Qual seria o motivo?