Ida ao Zoo

Pelo título podia ser perfeitamente um livro da Anita. A Anita vai ao zoo. Mas não. O Pedro e a X. foram ao zoo. Assim é que está correcto. Por falar nisto constatei, com agrado, que existe uma colecção de livros do "Pedro". Algo que motiva comentários esclarecidos dos mais pequenotes que dizem, alto e bom som: "Olha, são dois Pedros!". E sim, eu confirmo. São mesmo dois. O Pedro da Banda Desenhada até é parecido comigo quando eu era mais pequeno. Há uma certa afinidade entre as duas personagens ainda que, se eu for ver a Anita, também há afinidade com ela. Não sei bem onde, mas há.

O zoo tem coisas mágicas. Em primeiro lugar, não há muitas palavras começadas por "z" e que sejam tão emblemáticas como "zoo". É, de certeza, nos jogos de palavras aquela que mais rapidamente surge na mente das pessoas. Não estou a ver, nos próximos tempos, que uma "Zulmira" ou mesmo "Zuleica" possam fazer frente a um "zoo". Depois porque no zoo aprendemos imenso. Aprendemos a diferenciar as espécies, a conhecê-las melhor num espaço perfeitamente integrado no caos de Lisboa. Acresce o facto de, não existir mais nenhum sítio, em que se possa dizer com o mesmo grau de rigor que o vizinho acordou de trombas. Refiro-me à relação entre pessoas e elefantes que convivem tão próximas.

Mas o que eu gosto mesmo, mesmo do zoo é do seu papel na preservação e desenvolvimento das espécies. Sabiam por exemplo que todos os leões que estão no zoo de Lisboa nasceram naquele local? Ainda existiu um que nasceu na Maternidade Alfredo da Costa mas é por uma questão de tradição.

Só me faz mesmo muita confusão ver que uma parte significativa das espécies está ameaçada por força da acção humana. Cabe-nos a nós tentar inverter esta tendência!

P.