quarta-feira, 15 de junho de 2011

Folheando a partilha

Falava disto há dias com amigos. Partilhar e sermos um "livro aberto" são, para mim, conceitos completamente diferentes.

Partilhar significa a capacidade de nos colocarmos no papel dos "outros" e compreender as suas necessidades. Significa despirmo-nos (uuuhhhhhhh) da nossa identidade e tentarmos perceber aquilo que nos está a ser transmitido numa determinada mensagem. Significa também, por seu turno, usarmos das palavras ou dos atos para, junto daqueles em quem confiamos, demonstrarmos as nossas alegrias e momentos menos bons.

Ser um livro aberto é ter uma vida inteiramente exposta. Sem olhar a nomes com quem se partilha essa mesma vida. Sem conseguir, de forma lúcida, diferenciar aqueles que são relevantes daqueles que ocasionalmente passaram na nossa vida mas que automaticamente ficam a conhecê-la integralmente com todos os detalhes.

A informação sobre nós, as nossas vivências, sentimentos, preocupações, sonhos e alegrias é daquelas que deve ser guardada a chave de ouro e partilhada com aqueles que são MESMO importantes. E esses, quer queiramos quer não, são mesmo poucos. Por isso é que são diferentes.

P.

Sem comentários: