Ahhhhhhhhh, chegámos a Agosto. Mês do signo leão e ...de outra coisa qualquer no zodíaco chinês (talvez o prato #23 de um qualquer restaurante chinês). Sim, sim, eu sei que já é dia 2 mas ainda não tinha tido tempo de dissertar sobre o tema.
Agosto é aquele mês em que tipicamente o país pára e vai tudo a banhos. Há que ter consciência que, agora com a tentativa de privatizar tudo e mais alguma coisa - dizem que a água privada tem mais sabor - até os próprios banhos podem vir a ser mais caros e por isso é aproveitar enquanto se pode.
Onde sinto a maior diferença é mesmo nas viagens de comboio. Confesso que, pelo menos de manhã, e com o sono a pairar sobre mim, não tenho reparado se as pessoas trazem biquini, fato de banho ou se ostentam a habitual roupa de trabalho mas há uma forte probabilidade dos revisores trazerem uma bóia de salvação e uns calções de nadador salvador. Isso parece-me claro.
Além disso passou a existir muito mais espaço para qualquer pessoa se sentar. Eu, que sou educadinho, perco invariavelmente a possibilidade de o fazer durante os restantes meses. Em primeiro lugar porque demoro sempre algum tempo a reconhecer que esvaziou um lugar - vejo mal ao longe. Depois porque, quando reconheço essa vaga, olho sempre duas ou três vezes para o lado para ver se existe alguém - leia-se senhoras, crianças - a quem deva ceder o lugar. E mesmo que às vezes me custe - ando com uma dor nas costas que não desejo a ninguém - lá acabo por ficar em pé até ao final da viagem.
Em Agosto isso deixa de existir. O espaço é tanto que podemos simplesmente deitar-nos nos lugares (se assim o quiséssemos) e ter a eterna esperança que a Pamela Anderson - só para recuperar a questão das praias - da linha de Sintra apareça pelas carruagens naquela corrida típica na praia que tanto caracterizou a série Baywatch*.
*Passei muitas horas a ver a série. Em repetição atualmente na SIC Radical.
P.
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