Hoje o Metro estava completamente cheio. Não tenho memória de alguma vez ter viajado num transporte público com tantas pessoas. Nem mesmo quando, lá pela década de 80, dávamos boleia no Algarve a algumas pessoas que queriam ir para a praia. O nosso carro - um saudoso Renault 5 - não sendo público, tomava essa condição para aqueles que erguiam o dedo à beira da estrada e que pretendiam ir para a praia. Isto sim é serviço público (na realidade só me lembro de ter acontecido uma vez, mas...conta).
E foi hoje que aconteceu. Sim, algum dia teria que acontecer, verdade? Mas o quê? Mas o quê, perguntam vocês? Foi hoje que te cresceu cabelo (nem que seja nas axilas) pelo efeito de estufa do metro? Foi hoje que o revisor apareceu para controlar os bilhetes? Foi também que hoje que mudou a mensagem da senhora que diz "protect your belongings"? Não, nada disso.
Foi hoje que, no meio da confusão, uma senhora africana (não me pareceu norueguesa) literalmente fez com que durante duas estações eu lhe apalpasse o fiofó (de acordo com a wikipedia também conhecido por bunda). Não houve hipótese de evitar mas naquele estado vegetativo em que nos encontramos - sono e sem qualquer possibilidade de nos movermos - também não há muito que comentar. Até porque todo e qualquer comentário da senhora em questão era em crioulo. Ora...mesmo que eu tivesse um telefone com acesso à internet duvido que tivesse a capacidade de, naquele instante, fazer a tradução das palavras.
Ficou o momento. Para não mais recordar.
P.
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