Não sei se é da crise. Das notícias que saem sobre a ideia de uma UE mais reduzida da qual Portugal não faria parte e com consequências dramáticas para a qualidade de vida daqueles que (ainda) moram no retângulo.
Não sei se é da discussão de um OE de 2012 que dita e manda que vão existir muitos sacrifícios. Os tidos como necessários para ir corrigindo todas as loucuras de largos anos de desvario total.
Não sei se é do bolso. Do dinheiro que não estica. Das notas que voam sem sabermos bem o que fizemos com elas. Das coisas que estão todas mais caras. Da simples ideia de que pensar em fazer alguma coisa de diferente é cara. Quanto mais fazê-la. E para o conseguir temos de poupar durante largos meses. Para nos darmos a nós mesmos uma alegria mais intensa.
Não sei se é da monotonia. Da rotina. De saber antecipadamente aquilo (e como) que se vai fazer.
Não sei se é da monotonia. Da rotina. De saber antecipadamente aquilo (e como) que se vai fazer.
Não sei se é dos mercados. Que reagem ao mínimo espirro. Que abrem as bolsas em baixa e em que o clima é sempre de receio. E que por isso se negoceia em baixa com perdas todos os dias.
Não sei se é da Grécia ou da Itália. Do Papandreou ou do Berlusconi.
Não sei se é do olhar triste e longínquo das pessoas com quem me cruzo todos os dias no comboio e que olham...para parte incerta.
Não sei se é de uma Seleção Nacional que se queixa de um relvado que parece um pelado. E que parece augurar que ...vai ser difícil a qualificação mesmo sem ainda ter jogado.
Não sei o que me corrói neste momento. Mas apenas sei que em poucos momentos me apeteceu tanto sair daqui.
P.
1 comentário:
:(
Vai correr bem.
Bjs
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