quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não sei...

Não sei se é da crise. Das notícias que saem sobre a ideia de uma UE mais reduzida da qual Portugal não faria parte e com consequências dramáticas para a qualidade de vida daqueles que (ainda) moram no retângulo. 

Não sei se é da discussão de um OE de 2012 que dita e manda que vão existir muitos sacrifícios. Os tidos como necessários para ir corrigindo todas as loucuras de largos anos de desvario total.

Não sei se é do bolso. Do dinheiro que não estica. Das notas que voam sem sabermos bem o que fizemos com elas. Das coisas que estão todas mais caras. Da simples ideia de que pensar em fazer alguma coisa de diferente é cara. Quanto mais fazê-la. E para o conseguir temos de poupar durante largos meses. Para nos darmos a nós mesmos uma alegria mais intensa.

Não sei se é da monotonia. Da rotina. De saber antecipadamente aquilo (e como) que se vai fazer.

Não sei se é dos mercados. Que reagem ao mínimo espirro. Que abrem as bolsas em baixa e em que o clima é sempre de receio. E que por isso se negoceia em baixa com perdas todos os dias. 

Não sei se é da Grécia ou da Itália. Do Papandreou ou do Berlusconi. 

Não sei se é do olhar triste e longínquo das pessoas com quem me cruzo todos os dias no comboio e que olham...para parte incerta.

Não sei se é de uma Seleção Nacional que se queixa de um relvado que parece um pelado. E que parece augurar que ...vai ser difícil a qualificação mesmo sem ainda ter jogado.

Não sei o que me corrói neste momento. Mas apenas sei que em poucos momentos me apeteceu tanto sair daqui.

P.

1 comentário:

Xana disse...

:(
Vai correr bem.
Bjs