segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Que tal bombeiro?

Aos 30 anos chego à conclusão que necessito de orientação vocacional. A orientação vocacional coloca-se a alunos que pretendem perceber quais as áreas para as quais poderão ter maior aptidão ou a pessoas activas (ou desempregadas mas que já trabalharam anteriormente) e que necessitam de apoio no sentido de se (re)encontrarem profissionalmente. Eu pertenço ao segundo bloco, claro está.

A orientação vocacional não implica forçosamente que se mude de setor, ramo ou empresa. Pressupõe, isso sim, que a pessoa que é objeto de análise não está (por alguma razão) satisfeita consigo própria no sentido profissional da sua vida. Sente que ainda não encontrou aquilo que a realiza por inteiro.

Gosto de pensar, até porque o sinto verdadeiramente, que não ser especialista em nada é uma mais valia. Ter a capacidade de nos adaptarmos a diferentes desafios e, com maior ou menor dificuldade, desenvolvermos um bom trabalho é sinal de capacidade de trabalho. De sacrifício, porque muitas vezes não estamos na "nossa praia", mas simultaneamente de compromisso e de competência. Mas há uma altura - e não sei se será assim de forma genérica - em que tentamos perspetivar o futuro, olhar para uma carreira e vemos um caminho meio sinuoso que não parece levar a lado nenhum.

A dificuldade está em conviver com essa condição. Quem consegue ter a capacidade de gerir bem esta ausência de rumo assumindo que o caminho é sinuoso e que as dificuldades e diferentes tarefas são por si só um incentivo excelente para o quotidiano, então convive bem com isso mesmo. Quem não o consegue fazer acaba por vezes por pensar que, apesar de a espaços estar preenchido/ocupado com várias tarefas de áreas diferentes, esse trabalho não o conduz a lado nenhum.

É para ouvir, perceber e aplicar que ando à procura de locais que desenvolvam a sua atuação na área da orientação vocacional. Quem tiver tido boas experiências ou recomende algo nesse sentido, tenha a gentileza de comentar este texto.

Agradeço.

P.

2 comentários:

andreices disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
andreices disse...

Percebo-te perfeitamente. Mas no meu caso, já trabalhei numa área que gostei bastante. O problema é que ao fim de uns anos fecharam-me as portas e agora vejo-me com 30 anos a fazer algo que não gosto e a ser mal paga.
E o pior: não vejo a luz ao fundo do túnel... Por mais que me esforce em procurar outra coisa, encontro todas as portas fechadas.
Parece que vou ter de me contentar com o que tenho. Pelo menos, enquanto o tiver...