És muito grande

Por esta altura faz pouco mais de um ano desde que saiu aquela que era a pessoa mais importante da empresa. Saiu porque as oportunidades são poucas e quando existem - e o mérito é reconhecido - não há porque olhar para trás. Evoluiu seguramente.

Foi, até hoje, uma das duas pessoas que verdadeiramente me impressionaram no trabalho. Pelo rigor. Pelo conhecimento. Pela capacidade de trabalho. Pela dedicação mesmo quando nada parecia puxar a isso. Se o profissionalismo tinha (e tem) rosto, esse rosto está ali. 

Curioso constatar que mais metade do trabalho dessa pessoa não me era sequer entendível. Vá, muito mais do que metade. Mas como tem a capacidade de traduzir e se fazer entender ao "comum dos mortais", então tudo fazia sentido.

Sinto falta dessa capacidade. Dos "bons dias" em voz alta pela manhã no corredor. Das pausas à hora de almoço. Ou até de umas jornadas de snooker que invariavelmente mostravam que o talento não era dos melhores [mas que também não era isso que importava]. 

Resta saber que é um dos meus bons amigos. E que, na minha vida, é rara a condição na qual eu uso esta palavra. 

P.