Aquilo que custa no desemprego não são os números em si. São as pessoas. São as pessoas que conhecemos e que convivem connosco lado a lado. É aí que sentimos que realmente...isto está mesmo mau. Quando as pessoas que conhecemos são inteligentes, capazes, esforçadas, dedicadas, comprometidas e disponíveis para o trabalho, com formação e provas dadas e mesmo assim....não chega.
Não chega na hora de enviar os currículos que ninguém lê.
Não chega na hora de responder a uma vaga que afinal já estava ocupada para o amigo do amigo do amigo que já tinha o lugar garantido e que nem sequer precisou de concorrer ao lugar.
Não chega quando os requisitos são tantos e tais que na hora de enviar a candidatura se sabe que responder aos requisitos é...impossível.
Não chega para as empresas que infelizmente não valorizam as pessoas e que as olham como números.
Custa-me (e muito) ter familiares e amigos que já saíram do país bem como outros que terão forçosamente que sair para tentarem a sua sorte e serem felizes (mesmo que isso implique a distância das suas raízes). Custa-me também aqueles que, por uma razão ou por outra, não podem sair e têm que por cá ficar a lutar contra todas as adversidades.
Custa-me. Mesmo.
P.
1 comentário:
É bem verdade!!! :(.
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