Fui há dias à segunda consulta de dermatologia. À minha frente tinha uma pessoa que, numa hora, consegue atender 4 pacientes e em que cada consulta custa no mínimo 30 euros. Façamos as contas. O ordenado por hora é de 120,00 euros. Giro, não?
A consulta demorou os tais 15 minutos. Destes 5 foram passados a atender um outro paciente para lhe transmitir o resultado de um exame. O resultado foi: "O senhor está pálido". Vá, não foi. Estou a inventar porque não consigo reproduzir o nome científico de tudo aquilo que lhe foi descoberto no corpo. Só me lembro de: "Vemos aqui vestígios de uma sandes de mortadela na sua pele."
Quanto a mim tenho de fazer um exame chamado "dermatoscopia digital computorizada". Sim, é computorizada. E o que é isto? (perguntam vocês). Isto consiste em fazer um mapa de todos os sinais que a pessoa tem no corpo. E aqui incluem-se os sinais de fadiga. Fica tudo registado. Já me comentaram, com imensa graça, que depois poderia unir os pontos todos para fazer uma figura.
Tentei marcar o exame. Do outro lado estava uma "operadora" que me pediu para soletrar o nome do exame. Num determinado momento pensei que estivesse a ligar para o talho porque na realidade eu sabia mais do que a pessoa que me estava a atender e que me estivesse a escapar a feliz oportunidade de pedir um quilo de chouriças (adoro esta palavra).
Agora resta-me aguardar que me liguem. E esperar também que os 115,00€ que me pediram inicialmente no mesmo local da consulta não surjam confirmados agora neste local.
P.
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