sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Continência ou Incontinência?

Ontem tive de ir à farmácia aviar - é curioso que nas farmácias avia-se - uma receita. Face à problemática o pé do tamanho de um melão - a casca neste caso são os calos - fui de carro. Dois minutos, não mais do que isso. 

No caminho para a farmácia vi que estavam um conjunto de trabalhadores a reparar alguma coisa no passeio. Ao lado - em cima do passeio - estava um polícia a dar indicações. Não sei de quê nem a que propósito mas via-se claramente que eram indicações. Topava-se à distância.

Passei ao largo dessas pessoas até porque não estava ninguém na faixa contrária da estrada e segui o meu caminho. 

Já na farmácia, onde estavam duas senhoras de idade a contar a história da vida e de todas as maleitas que sofrem, oiço: 

Polícia: "Sr. Condutor?"

Virei-me para trás e perguntei: 

"É comigo?"

Polícia: "É claro que é consigo."

"Diga, diga..."

Polícia: "Então o sr. condutor não viu que eu estava a dar indicações? Passou-me ali rente e primeiro que está tudo está a minha integridade física."

"Bom...eu passei ao largo das obras e das pessoas."

Polícia: "Não me está a desmentir, pois não?"

"Repare. Estou a dizer-lhe que não me apercebi de ter posto em perigo seja quem for. Mas se me diz isso..."

Polícia: "Bom, veja lá se tem mais cuidadinho da próxima vez."

O meu grau de respeito por estas pessoas que abusam da suposta autoridade é nulo. É o chatear por chatear. E irrita-me que andemos a descontar para que estas pessoas tenham salários.

Assim pode ser que um dia a continência dê lugar à incontinência da pessoa e nos cruzemos numa farmácia qualquer.

P.

1 comentário:

Madrecita disse...

Personagem importante, esse polícia!!