Então e esse cinema sem champanhe, que tal?

Há várias coisas que eu gosto no cinema ao ar livre. Para já é ao ar livre (wow!)! Quer isto dizer que não temos de estar encafuados numa sala com ar condicionado. Para isso já basta o trabalho. Depois porque o écran é gigante e assim sendo não tenho qualquer tipo de dúvida sobre o lado para o qual devo olhar para ver o filme. Existe também a magia de poder ver as estrelas e poder pensar no número de estrelas que iria atribuir ao filme caso fosse um cronista de cinema. Qualquer coisa do género: "Este filme merece a classificação de 3 estrelas e uma gaivota. A parte da gaivota é só porque passou ao mesmo tempo que eu estava a olhar para o céu e é uma alusão à velocidade do filme. Aquilo passou a voar, meus caros.". Por último porque se aprendem palavras novas. No caso "perfidia". Não fazia a mínima ideia do que seria. A frase foi qualquer coisa deste género: "Porque cometesteis uma perfidia". Vou tentar fazer uso do termo um dia destes em contexto adequado.

O filme de ontem - Principe da Pérsia - pareceu-me ser um bom filme atendendo ao género em que se enquadra. Como larguei a dependência dos videojogos em petiz - passei logo para o dominó com os reformados na estação de comboios - não consegui perceber se o filme retratava bem a realidade do jogo. Mas disseram-me que sim. E eu acredito. Mesmo que a pessoa que me tenha dito que sim tenha comido pipocas desalmadamente. E isso é um factor que descredibiliza qualquer um.

"Este filme (xonc xonc crunch) é mesmo (xonc crunch xonc) igual (xonc crunch xonc) ao jogo!".

Mas neste caso nem por sombras. Até porque não havia sombras. Era de noite. Sem luz. Sombras nem vê-las.

Convido-vos a ver as últimas películas porque o festival está mesmo mesmo a terminar. É baratucho. Fica no INATEL.

Nota: xonc e crunch são os termos que uso para designar o barulho das pipocas na boca. É o melhor que se consegue arranjar.

P.